Prisão de Santana não tem relação com PT, diz Falcão
O publicitário e sua esposa, Mônica Moura, tiveram as prisões temporárias decretadas na nova fase da Lava Jato
Da Redação
Publicado em 23 de fevereiro de 2016 às 11h43.
Brasília - O presidente do PT , Rui Falcão, disse hoje (22) que o pedido de prisão temporária do publicitário João Santana não tem relação com o partido.
Santana foi coordenador das campanhas eleitorais da presidente Dilma Rousseff, em 2010 e 2014, e da reeleição do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em 2006.
Santana e a mulher dele, Mônica Moura, tiveram as prisões temporárias decretadas na nova fase da Lava Jato, deflagrada hoje (22).
A nova etapa investiga a relação de João Santana com a empresa Odebrecht, que também é alvo das investigações e que teria feito repasses financeiros ao publicitário no exterior.
Santana e Mônica estão na República Dominicana e, por isso, ainda não foram detidos. Em entrevista na Superintendência da Polícia Federal no Paraná, o delegado Filipe Pace disse que a suspeita é que os pagamentos "vieram de serviços eleitorais prestados ao PT”.
Rui Falcão voltou a afirmar que todas as doações recebidas pela sigla foram legais e declaradas à Justiça Eleitoral.
“[A operação] não diz nada em relação ao PT”, respondeu Falcão ao ser perguntado sobre o pedido de prisão expedido contra João Santana.
“Não posso falar pelo João Santana. Digo que todas as nossas doações de campanha são feitas legalmente, através de transações bancárias e a Justiça Eleitoral recebeu todas as nossas doações, que foram muito semelhantes em valores de doadores às campanhas do PSDB”, acrescentou o presidente do PT, após apresenta à imprensa o programa partidário que será veiculado amanhã (23) em cadeia nacional de TV.
O presidente do PT disse ainda que o partido não tem marqueteiro e que apenas “contrata as pessoas para fazer os programas”. Sobre as acusações a João Santana, Falcão disse que “quem acusa tem que provar”.
Delcídio do Amaral
Sobre o possível retorno de Delcídio do Amaral ao Senado após passar três meses preso, Falcão disse que o retorno não representa “fator de preocupação” para o partido.
Falcão informou que o partido vai analisar a situação do senador na próxima sexta-feira (26) em reunião do diretório nacional da legenda.
“Se o diretório convalidar a decisão da Executiva [que suspendeu Delcídio] vai ser criada uma comissão que vai procurá-lo, notificá-lo, dar dez dias de prazo para ele se defender. Com isso, na próxima reunião do diretório, o que essa comissão propuser vai a voto no diretório nacional. Enquanto isso, a suspensão dele será prorrogada. Ainda não tem data para nova reunião do diretório nacional. Ela acontece geralmente a cada dois meses”, explicou Falcão.
O senador Delcídio do Amaral (PT-MS) foi solto na última sexta-feira (19) após mais de 80 dias preso em Brasília. O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Teori Zavascki autorizou que o senador fosse para a prisão domiciliar.
Delcídio do Amaral era líder do governo no Senado quando foi preso, em 25 de novembro, acusado de tentar obstruir as investigações da Operação Lava Jato.
O filho do ex-diretor da Petrobras Nestor Cerveró, Bernardo Cerveró, gravou uma conversa na qual o senador oferecia R$ 50 mil para a sua família e um plano de fuga para que o ex-diretor não fechasse acordo de delação premiada com o Ministério Público.
Brasília - O presidente do PT , Rui Falcão, disse hoje (22) que o pedido de prisão temporária do publicitário João Santana não tem relação com o partido.
Santana foi coordenador das campanhas eleitorais da presidente Dilma Rousseff, em 2010 e 2014, e da reeleição do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em 2006.
Santana e a mulher dele, Mônica Moura, tiveram as prisões temporárias decretadas na nova fase da Lava Jato, deflagrada hoje (22).
A nova etapa investiga a relação de João Santana com a empresa Odebrecht, que também é alvo das investigações e que teria feito repasses financeiros ao publicitário no exterior.
Santana e Mônica estão na República Dominicana e, por isso, ainda não foram detidos. Em entrevista na Superintendência da Polícia Federal no Paraná, o delegado Filipe Pace disse que a suspeita é que os pagamentos "vieram de serviços eleitorais prestados ao PT”.
Rui Falcão voltou a afirmar que todas as doações recebidas pela sigla foram legais e declaradas à Justiça Eleitoral.
“[A operação] não diz nada em relação ao PT”, respondeu Falcão ao ser perguntado sobre o pedido de prisão expedido contra João Santana.
“Não posso falar pelo João Santana. Digo que todas as nossas doações de campanha são feitas legalmente, através de transações bancárias e a Justiça Eleitoral recebeu todas as nossas doações, que foram muito semelhantes em valores de doadores às campanhas do PSDB”, acrescentou o presidente do PT, após apresenta à imprensa o programa partidário que será veiculado amanhã (23) em cadeia nacional de TV.
O presidente do PT disse ainda que o partido não tem marqueteiro e que apenas “contrata as pessoas para fazer os programas”. Sobre as acusações a João Santana, Falcão disse que “quem acusa tem que provar”.
Delcídio do Amaral
Sobre o possível retorno de Delcídio do Amaral ao Senado após passar três meses preso, Falcão disse que o retorno não representa “fator de preocupação” para o partido.
Falcão informou que o partido vai analisar a situação do senador na próxima sexta-feira (26) em reunião do diretório nacional da legenda.
“Se o diretório convalidar a decisão da Executiva [que suspendeu Delcídio] vai ser criada uma comissão que vai procurá-lo, notificá-lo, dar dez dias de prazo para ele se defender. Com isso, na próxima reunião do diretório, o que essa comissão propuser vai a voto no diretório nacional. Enquanto isso, a suspensão dele será prorrogada. Ainda não tem data para nova reunião do diretório nacional. Ela acontece geralmente a cada dois meses”, explicou Falcão.
O senador Delcídio do Amaral (PT-MS) foi solto na última sexta-feira (19) após mais de 80 dias preso em Brasília. O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Teori Zavascki autorizou que o senador fosse para a prisão domiciliar.
Delcídio do Amaral era líder do governo no Senado quando foi preso, em 25 de novembro, acusado de tentar obstruir as investigações da Operação Lava Jato.
O filho do ex-diretor da Petrobras Nestor Cerveró, Bernardo Cerveró, gravou uma conversa na qual o senador oferecia R$ 50 mil para a sua família e um plano de fuga para que o ex-diretor não fechasse acordo de delação premiada com o Ministério Público.