Brasil

Previdência militar chega ao Congresso para liberar tramitação da reforma

Chegando dos Estados Unidos, o presidente Jair Bolsonaro deve ler o texto nesta manhã, antes de enviá-lo aos parlamentares

Reforma da Previdência: anexo dos militares era condição do Congresso para encaminhar a tramitação (Luis Macedo/Agência Brasil)

Reforma da Previdência: anexo dos militares era condição do Congresso para encaminhar a tramitação (Luis Macedo/Agência Brasil)

DR

Da Redação

Publicado em 20 de março de 2019 às 06h39.

Última atualização em 20 de março de 2019 às 06h51.

No limite do prazo final para a apresentação do anexo que trata da previdência social para as Forças Armadas, nesta quarta-feira, 20, a equipe econômica do governo de Jair Bolsonaro deve despachar o texto, o que na prática irá marcar o início da tramitação da reforma previdenciária geral no Congresso. Embora esse texto já tenha sido apreciado pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) na última semana, parlamentares ainda aguardavam a matéria das novas normas militares para levar a reforma, como um todo, adiante.

No último sábado, membros da equipe econômica do governo se reuniram com representantes das forças armadas para afinar o texto que chegará ao Congresso hoje. A ideia é que a  proposta para essa categoria esteja o mais alinhado possível com o posicionamento dos parlamentares, assim evitando uma tramitação vagarosa e atrapalhando a meta do governo, que é aprovar a reforma da Previdência ainda no primeiro semestre deste ano. O prazo é considerado apertadíssimo. 

O próprio presidente Jair Bolsonaro, que acaba de chegar ao Brasil após uma visita oficial ao presidente dos Estados Unidos Donald Trump, irá ler o texto esta manhã antes de assiná-lo e encaminhar a pauta ao Congresso.

Mesmo contando com as prováveis mudanças que podem ocorrer até a apresentação oficial do texto, alguns pontos do anexo militar já foram divulgados à imprensa. Segundo a proposta, o tempo de contribuição para a categoria passará dos atuais 30 anos para 35 anos. Além disso, haverá um aumento gradual na contribuição previdenciária, que hoje é de 7,5% e, no futuro, será de 10,5%.

Essas novas medidas, entretanto, só serão válidas para os novos integrantes das Forças Armadas. Os que já estão na ativa deverão pagar um pedágio de cerca de 20% sobre o tempo que falta para se aposentar. Segundo o secretário de Previdência e Trabalho do Ministério da Economia, Rogério Marinho, a reforma também vai prever uma reestruturação de carreira para adequação da categoria. Por meio das reformas, a expectativa do governo é que haja uma economia de 90 bilhões de reais nos próximos dez anos.

Acompanhe tudo sobre:Exame HojeGoverno BolsonaroMilitaresReforma da Previdência

Mais de Brasil

Quem são as vítimas da queda de avião em Gramado?

“Estado tem o sentimento de uma dor que se prolonga”, diz governador do RS após queda de avião

Gramado suspende desfile de "Natal Luz" após acidente aéreo

Lula se solidariza com familiares de vítimas de acidente aéreo em Gramado