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Da Redação
Publicado em 4 de setembro de 2014 às 11h33.
São Paulo - Dirigentes sindicais que apoiam as candidaturas petistas para presidente e governo de São Paulo replicaram na noite desta quarta-feira, 3, o tom do discurso adotado nos últimos dias pela presidente Dilma Rousseff, que tenta a reeleição, com fortes críticas à candidata do PSB, Marina Silva.
No discurso mais incisivo, o presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Vagner Freitas, chamou a ex-ministra do Meio Ambiente de "falsidade ideológica" e "um engodo nacional".
"Marina representa a maior falsidade ideológica que eu já vi no Brasil. Marina é candidata da direita, conservadora, sentada no colo dos banqueiros, não tem proposta progressistas, esqueceu suas origens. Vir da classe operária não significa ter compromisso com a classe operária", disse ele, durante inauguração de um comitê para sindicalistas de São Paulo em apoio ao candidato ao governo Alexandre Padilha (PT).
Ao se referir à ex-ministra, Freitas disse que "tem gente da classe operaria que se vende para o patrão". Ele afirmou que Marina é candidata do Itaú, "um banco que demitiu 16 mil trabalhadores."
"A discussão que estão tentando fazer é tentar transformar Marina em heroína na classe trabalhadora. Eu estou aqui para dizer que Marina é mentira, engodo nacional", disse.
O presidente da Central de Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), Adilson Araújo, disse que o programa de governo do PSB propõe "acabar com as garantias trabalhistas conquistadas pela CLT", disse ele, referindo-se à Consolidação das Leis Trabalhistas.
O candidato do PT ao governo de São Paulo, Alexandre Padilha, fez coro às críticas à ex-ministra. "Eu fiquei muito preocupado quando vi que uma das propostas de governo da candidata é cortar o subsídios do IPI para a indústria automobilística, que tem impacto decisivo para São Paulo", disse ele, referindo-se ao Imposto sobre Produtos Importados.
"Como candidato a governador de São Paulo me preocupa muito a proposta", disse. Padilha fez o comentário em resposta ao questionamento se concordava com a opinião do seu companheiro de chapa, Eduardo Suplicy. O senador e candidato à reeleição pelo PT subiu no plenário da Casa e pediu que cessassem as críticas à ex-ministra.
Marina Silva se tornou alvo preferencial do PT desde a semana passada, quando as pesquisas de intenção de votos apontaram crescimento expressivo da candidata. O levantamento do Ibope divulgado nesta quarta aponta um cenário de empate técnico entre Dilma, com 37% e Marina, com 34%.