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Presidente da Anvisa vai a comissão explicar suspensão de testes de vacina

Agência voltou atrás e permitiu a retomada dos estudos, mas Congresso ainda quer explicações sobre o motivo da suspensão

Presidente da Anvisa, Antonio Barra Torres, participa de audiência pública (Leopoldo Silva/Agência Senado)
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Alessandra Azevedo

Publicado em 13 de novembro de 2020 às 06h00.

O presidente da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), Antonio Barra Torres, e o diretor do Instituto Butantan, Dimas Covas, serão ouvidos em audiência pública, nesta sexta-feira, 13, às 9h30, na Comissão Mista do Congresso que acompanha o enfrentamento à covid-19. O objetivo do encontro é discutir a recente suspensão e a retomada dos testes clínicos da vacina CoronaVac, desenvolvida pelo laboratório chinês Sinovac, em parceria com o Butantan.

Na última segunda-feira, 9, a Anvisa determinou a suspensão dos testes feitos em humanos, por conta de um “evento adverso grave" — a morte de um dos voluntários. O Butantan, que se dedica há meses aos estudos relacionados à CoronaVac, discordou da suspensão e afirmou ter sido pego de surpresa, já que o ocorrido, segundo o instituto, não tem relação com os testes ou com a vacina.

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Na quarta-feira, 11, a Anvisa voltou atrás e permitiu a retomada dos estudos, mas o Congresso ainda quer explicações sobre a motivação inicial. A autarquia argumenta que a interrupção foi por motivos puramente técnicos, mas parlamentares questionam se houve interferência política na decisão, comemorada pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido) nas redes sociais.

"Morte, invalidez, anomalia. Esta é a vacina que o Doria queria obrigar a todos os paulistanos tomá-la. O presidente disse que a vacina jamais poderia ser obrigatória. Mais uma que Jair Bolsonaro ganha", escreveu o presidente, no Facebook. A disputa em torno da vacina não é de agora. Bolsonaro discute há meses com o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), sobre a permissão para compra da CoronaVac.

Enquanto o tucano defende que o país reserve o produto com antecedência, o presidente já chegou a dizer que não aceitaria a “vacina chinesa” nem se ela fosse aprovada pela Anvisa. Depois, voltou atrás e disse que o Brasil comprará qualquer imunização que for aprovada pela agência reguladora.

 

 

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