Nesta quinta-feira, 23, a prefeitura de Porto Alegre suspendeu as aulas nas redes pública e privada, após os danos provocados na capital gaúcha pelas chuvas de quarta-feira e pela previsão de novo temporal. A decisão foi tomada em conjunto com o governo do estado.
Em uma declaração à imprensa, o prefeito Sebastião Melo afirmou que a medida será adotada diante dos alagamentos em vários pontos da região metropolitana de Porto Alegre. A suspensão ocorrerá apenas nesta sexta-feira, 24. As aulas serão retomadas na próxima segunda-feira.
Apesar da suspensão das aulas, as unidades de ensino da rede municipal permenecerão abertas para servirem como espaços de acolhimento à população e para que suas cozinhas possam atender demandas emergenciais.
"Nós sabíamos dessa chuva, sim, tínhamos essa previsão, o governo do estado publicou e nós republicamos em nossas redes sociais da prefeitura, dizendo que poderia chover na Região Metropolitana de 60 a 100mm. Essa chuva concentrou muito hoje pela manhã, na Região Sul já choveu 100mm até agora. E aquilo que era um problema das áreas alagadas se estendeu para toda a cidade. Por conta da chuvarada, temos sério problemas, além das áreas alagadas. Então, temos que tomar algumas decisões: a primeira, é que vou suspender as aulas municipais e particulares", disse o prefeito de Porto Alegre, Sebastião Melo.
Com a piora da situação na capital, a prefeitura anunciou também o fechamento das comportas do Rio Guaíba para evitar novos alagamentos e o fechamento das pistas de Porto Alegre.
"Tomamos a decisão de fechar as comportas. Do ponto de vista do rio, a chuva começa a chegar amanhã e, segundo os meteorologistas e hidrólogos, isso pode elevar de 40 a 50cm o nível do Guaíba. Então, tomamos essa decisão, vamos fazer isso hoje".
Nesta quarta-feira, os volumes de chuva ficaram entre 120 mm e 150 mm na metade do sul do estado. Nesta quinta, diversos bairros de Porto Alegre registram novos alagamentos e subida da água em várias localidades. O alerta da Defesa Civil prevê a continuidade da chuva que voltou à cidade pelo menos até as 17h.
Com R$ 100,8 bilhões em 30 anos, RS lidera em prejuízos por extremos climáticos no Brasil
Como fica o clima no Rio Grande do Sul neste fim de semana?
De acordo com o site Climatempo, uma frente fria se afasta no mar na costa gaúcha nesta quinta-feira, mas uma baixa pressão atmosférica passa sobre o Rio Grande do Sul no decorrer do dia, se dirigindo para o litoral gaúcho até a noite.
A Defesa Civil do estado gaúcho alerta para o tempo severo. "Há risco de temporais, com raios e queda de granizo. A chuva pode cair forte em todas as regiões gaúchas nesta quinta-feira", afirmou.
Para o fim de semana, a expectativa ainda é de muito frio no Rio Grande do Sul, mesmo com a presença do sol. "Não tem previsão de chuva. Há condições para formação de geada no amanhecer do sábado, 25, no centro, sudoeste gaúcho e na campanha. No domingo 26, a geada deve se formar no sudoeste e oeste, serra e planalto", disse a Climatempo.
Veja a previsão para Porto Alegre
- Quinta-feira: entre 11ºC e 22ºC;
- Sexta-feira: entre 14ºC e 23ºC;
- Sábado: entre 14ºC e 19ºC;
- Domingo: entre 15ºC e 19ºC.
-
1/17
Imagem aérea de sobrevoo do presidente Lula em Canoas (RS)
(Imagem aérea de sobrevoo do presidente Lula em Canoas (RS))
-
2/17
Homens movem pacotes em um barco através de uma rua inundada no centro histórico de Porto Alegre, no estado do Rio Grande do Sul, Brasil, em 14 de maio de 2024. Crédito: Anselmo Cunha / AFP)
(Homens movem pacotes em um barco através de uma rua inundada no centro histórico de Porto Alegre)
-
3/17
Vista das áreas inundadas ao redor do estádio Arena do Grêmio em Porto Alegre, no estado do Rio Grande do Sul, Brasil, tirada em 29 de maio de 2024. A água e a lama tornaram os estádios e sedes do Grêmio e Internacional inoperáveis. Sem locais para treinar ou jogar futebol, os clubes brasileiros tornaram-se equipes itinerantes para evitar as enchentes que devastaram o sul do Brasil. (Foto de SILVIO AVILA / AFP)
(Vista das áreas inundadas ao redor do estádio Arena do Grêmio em Porto Alegre)
-
4/17
Vista aérea do centro de treinamento do Internacional ao lado do estádio Beira Rio em Porto Alegre, no estado do Rio Grande do Sul, Brasil, tirada em 29 de maio de 2024. Foto de SILVIO AVILA / AFP
(Vista aérea do centro de treinamento do Internacional ao lado do estádio Beira Rio em Porto Alegre)
-
5/17
Pessoas atravessam uma ponte flutuante para pedestres sobre o rio Forqueta, entre os municípios de Lajeado e Arroio do Meio, no Rio Grande do Sul, Brasil, em 21 de maio de 2024. O Rio Grande do Sul experimentou um desastre climático severo, destruindo pelo menos seis pontes e causando interrupções generalizadas no transporte. O exército respondeu construindo pontes flutuantes para pedestres, uma solução temporária e precária para permitir que a infantaria atravesse rios durante conflitos. (Foto de Nelson ALMEIDA / AFP)
(Pessoas atravessam uma ponte flutuante para pedestres sobre o rio Forqueta)
-
6/17
Ana Emilia Faleiro usa um barco para transportar suprimentos em uma rua inundada em Porto Alegre, Rio Grande do Sul, Brasil, em 26 de maio de 2024. O estado sulista do Rio Grande do Sul está se recuperando de semanas de inundações sem precedentes que deixaram mais de 160 pessoas mortas, cerca de 100 desaparecidas e 90% de suas cidades inundadas, incluindo a capital do estado, Porto Alegre. (Foto de Anselmo Cunha / AFP)
(Ana Emilia Faleiro usa um barco para transportar suprimentos em uma rua inundada em Porto Alegre)
-
7/17
Um homem limpa sua casa atingida pela enchente no bairro Sarandi, um dos mais atingidos pelas fortes chuvas em Porto Alegre, no estado do Rio Grande do Sul, Brasil, em 27 de maio de 2024. Cidades e áreas rurais no Rio Grande do Sul foram atingidas por semanas por um desastre climático sem precedentes de chuvas torrenciais e enchentes mortais. Mais de meio milhão de pessoas fugiram de suas casas, e as autoridades não conseguiram avaliar completamente a extensão dos danos. (Foto de Anselmo Cunha / AFP)
(Um homem limpa sua casa atingida pela enchente no bairro Sarandi)
-
8/17
Alcino Marks limpa corrimãos sujos de lama após a enchente no bairro Sarandi, um dos mais atingidos pelas fortes chuvas em Porto Alegre, no estado do Rio Grande do Sul, Brasil, em 27 de maio de 2024. Esta é a segunda enchente histórica que Marks enfrenta aos 94 anos de idade. A primeira foi em 1941, quando ele morava no centro de Porto Alegre. Cidades e áreas rurais no Rio Grande do Sul foram atingidas por semanas por um desastre climático sem precedentes de chuvas torrenciais e enchentes mortais. Mais de meio milhão de pessoas fugiram de suas casas, e as autoridades não conseguiram avaliar completamente a extensão dos danos. (Foto de Anselmo Cunha / AFP)
(Alcino Marks limpa corrimãos sujos de lama após a enchente no bairro Sarandi)
-
9/17
(Um trabalhador usa uma mangueira de alta pressão para remover a lama acumulada pela enchente)
-
10/17
(Destruição no RS após chuvas e enchentes)
-
11/17
Vista da estátua de José e Anita Garibaldi na inundada Praça Garibaldi, no bairro Cidade Baixa, em Porto Alegre, no estado do Rio Grande do Sul, Brasil, tirada em 14 de maio de 2024. Foto de Anselmo Cunha / AFP
(Vista da estátua de José e Anita Garibaldi na inundada Praça Garibaldi)
-
12/17
Resgate de pessoas afetadas pelas chuvas no Rio Grande do Sul, na Base Aérea de Santa Maria (RS).
(Resgate de pessoas afetadas pelas chuvas no Rio Grande do Sul, na Base Aérea de Santa Maria)
-
13/17
Eduardo Leite: “Faremos de tudo para garantir que a reconstrução preserve nossas vocações”
(Eduardo Leite: “Faremos de tudo para garantir que a reconstrução preserve nossas vocações”)
-
14/17
Imagem aérea de sobrevoo do presidente Lula em Canoas (RS)
(Imagem aérea de sobrevoo do presidente Lula em Canoas (RS))
-
15/17
(Imagem aérea da destruição no Rio Grande do Sul - Força Aérea Brasileira/Reprodução)
-
16/17
Vista aérea mostrando a estrada ERS-448 inundada em Canoas, no estado do Rio Grande do Sul, Brasil, em 13 de maio de 2024. Foto de Nelson ALMEIDA / AFP
(Vista aérea mostrando a estrada ERS-448 inundada em Canoas)
-
17/17
(Vista aérea mostrando a estrada ERS-448 inundada em Canoas, no estado do Rio Grande do Sul)