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Prefeitura começa visitas a prédios ocupados no centro de São Paulo

Após o desabamento do edifício no Largo do Paissandu, a prefeitura anunciou a vistoria de 70 prédios na região central da cidade em situação semelhante

São Paulo: segundo a prefeitura, o objetivo dessa ação é ter um diagnóstico sobre a situação dessas ocupações para elaborar um plano de trabalho (Mario Tama/Getty Images)
AB

Agência Brasil

Publicado em 7 de maio de 2018 às 19h26.

A prefeitura de São Paulo começou na tarde de hoje (7) visitas aos imóveis ocupados na região central da cidade. O primeiro foi um edifício na Avenida São João. A Defesa Civil, que coordena as visitas, vai classificar o nível de risco de cada prédio visitado e indicar medidas de mitigação.

Segundo representantes da União dos Movimentos de Moradia (UMM), que acompanharam as visitas, o prédio ocupado que o grupo visitou hoje abriga 70 famílias e estava em bom estado.

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O local tinha hidrante, parte elétrica em bom estado, sem divisões de madeira, o elevador estava lacrado e são poucas as adaptações a serem feitas, afirmou a UMM.

Amanhã, haverá reunião na Secretaria Municipal de Habitação pela manhã, na qual deverão ser definidas as próximas visitas.

Representantes das secretarias de Direitos Humanos, Assistência Social, Infraestrutura e Obras, Habitação, Defesa Civil e Guarda Civil Metropolitana (GCM), além de uma comissão formada por movimentos de moradia e representantes de universidades, participam das visitas.

Segundo a prefeitura, o objetivo dessa ação é ter um diagnóstico sobre a situação dessas ocupações para elaborar um plano de trabalho que deve ser apresentado aos proprietários e ocupantes.

Desabamento

Após o desabamento do edifício Wilton Paes de Almeida, no Largo do Paissandu, na última terça-feira (1º), a prefeitura anunciou a vistoria de 70 prédios na região central da cidade em situação semelhante, o que gerou preocupação dos representantes dos movimentos sociais com possíveis ações de reintegração de posse nos imóveis.

Na quarta-feira (2), o prefeito Bruno Covas disse que caso as vistorias apontem riscos estruturais que comprometam algum edifício, poderá haver reintegração de posse.

Até a tarde de hoje, os bombeiros continuavam com o trabalho de busca por cinco desaparecidos nos escombros do edifício que desabou: um casal e uma mãe com seus dois filhos gêmeos.

Na sexta-feira (4), o corpo de Ricardo Oliveira Galvão Pinheiro, 39 anos, foi encontrado e liberado na manhã de sábado (5) pelo Instituto Médico Legal (IML) para sepultamento. Ricardo estava sendo resgatado pelos bombeiros, quando o prédio veio abaixo.

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