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PR deve liberar bancada para votar impeachment, diz ex-líder

Quintella decidiu deixar o posto por ter posição divergente da decidida pela Executiva Nacional da legenda, contrária ao processo de impedimento


	Maurício Quintella Lessa: Quintella decidiu deixar o posto por ter posição divergente da decidida pela Executiva Nacional da legenda, contrária ao processo de impedimento
 (Divulgação/Facebook do deputado Maurício Quintella Lessa/Reprodução)

Maurício Quintella Lessa: Quintella decidiu deixar o posto por ter posição divergente da decidida pela Executiva Nacional da legenda, contrária ao processo de impedimento (Divulgação/Facebook do deputado Maurício Quintella Lessa/Reprodução)

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Da Redação

Publicado em 12 de abril de 2016 às 15h08.

Brasília - Um dia depois de anunciar a renúncia ao cargo de líder do PR na Câmara, o deputado Maurício Quintella Lessa (AL) convocou hoje (12) uma reunião com parlamentares da bancada para, segundo ele, agradecer o tempo em que esteve no comando e “dar conforto” aos deputados favoráveis ao impeachment da presidente Dilma Rousseff.

Quintella decidiu deixar o posto por ter posição divergente da decidida pela Executiva Nacional da legenda, contrária ao processo de impedimento.

"Não votei na comissão, porque ainda era líder”, explicou.

Quem ficou responsável pela orientação de bancada foi o deputado Édio Lopes (RO). Pelas contas de Quintella Lessa, 28 deputados da legenda são declaradamente a favor do impedimento de Dilma.

Os outros 12 estão divididos entre contrários e indecisos. “Acredito que os que estão contrários estão mais por força de imposição do partido do que a favor do governo”, avaliou.

A aposta do ex-líder do PR é que o partido decida liberar seus parlamentares para votar como quiserem durante a apreciação do processo no plenário da Câmara, previsto para o próximo domingo (17).

Maurício Quintella Lessa defende que esta é uma decisão “personalíssima” e a imposição como foi feita ontem não deve ser motivo de temor entre os deputados.

Ele lembrou que alertou a Executiva Nacional que a imposição provocaria a atual ruptura, mas aposta em uma unificação “em torno de um governo de transição" e acredita que não haverá represália contra os que decidirem impor suas vontades no momento da votação.

"Cada um tem que fazer o que sua consciência manda. Não acho que a decisão partidária tem que mandar neste momento”, afirmou.

Para o parlamentar, se houver convencimento jurídico de que Dilma cometeu crime de responsabilidade, o próximo passo seria o convencimento político de decidir arcar com a escolha de cada um.

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