Possível aliança com Temer será definida apenas em julho, diz Alckmin
A negociação para unir as candidaturas de PSDB e MDB seria uma tentativa de evitar a divisão do eleitorado de centro-direita
Estadão Conteúdo
Publicado em 8 de maio de 2018 às 06h57.
Última atualização em 8 de maio de 2018 às 07h01.
Rio - O pré-candidato tucano à presidência da República, Geraldo Alckmin , afirmou nesta segunda-feira, 7, que já conversou por telefone com o presidente Michel Temer (MDB) sobre uma aliança para disputar a eleição de outubro, mas que não existe nada definido. "Ainda é cedo. Isso só vai se definir em julho", completou.
A afirmação foi dada durante um encontro de Alckmin com lideranças políticas da Baixada Fluminense, realizado no município de Mesquita. Recepcionado por prefeitos e parlamentares da região, Alckmin fez discurso e respondeu a perguntas de políticos.
O tucano explanou projetos que defende como pré-candidato à Presidência e relativizou as pesquisas de intenção de voto para o cargo realizadas até agora.
"Na eleição de 2016 para prefeito de São Paulo, a essa altura Celso Russomano liderava as pesquisas e Marta Suplicy era a segunda. No fim, João Dória venceu e Haddad ficou em segundo. Pesquisa agora só tem valor estatístico, não valor político", afirmou.
Questionado se a conversa com Temer não poderia prejudicar sua candidatura, devido ao baixo índice de aprovação do atual presidente, Alckmin defendeu a "civilidade": "Eu converso com todo mundo. Nós estamos vivendo momentos de incivilidade. De um lado ódio e radicalismo, que não levam a nada. Conversar não significa que vai ter aliança ou que não vai ter", concluiu.
A negociação para unir as candidaturas de PSDB e MDB seria uma tentativa de evitar a divisão do eleitorado de centro-direita.