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Porta-voz do Itamaraty não vê "ruptura democrática"

Em março, chanceler argentina disse que o Mercosul discutia a convocação de uma reunião de emergência do bloco para apoiar o governo brasileiro

Manifestação a favor do impeachment: o plano de mobilizar o Mercosul para defender o governo Dilma não foi adiante (Maurício Grego / EXAME.com)
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Da Redação

Publicado em 22 de abril de 2016 às 08h10.

Buenos Aires - O embaixador Frederico Meyer, porta-voz do Itamaraty , afirmou que não houve "ruptura democrática" no Brasil que justificasse uma sanção ao País no Mercosul .

Em março, a chanceler argentina, Susana Macorra, disse que o Mercosul discutia a convocação de uma reunião de emergência do bloco para apoiar o governo brasileiro e analisar eventual punição em caso de impeachment da presidente Dilma Rousseff.

De acordo com Meyer, a chamada cláusula democrática, usada para suspender o Paraguai em 2012, só pode ser aplicada se houver violação à democracia, e isso não ocorreu no Brasil.

"No Brasil, que eu saiba, não houve nada que justificasse ou se pudesse atribuir a uma ruptura democrática", afirmou embaixador ao jornal O Estado de S. Paulo. O integrante da cúpula do Itamaraty acrescentou que, no caso paraguaio, a suspensão foi aplicada após o impeachment relâmpago sofrido por Fernando Lugo.

A diferença ressaltada pelo funcionário é aprofundada pelo diplomata Juan Pablo Lohlé, que comandou a embaixada da Argentina em Brasília entre 2003 e 2010, período em que o kirchnerismo conviveu com o PT no poder.

"O que aconteceu no Paraguai e o que ocorre no Brasil é bem diferente, assim como a característica dos países. No Brasil, um processo está em curso. É muito difícil para um organismo multilateral como o Mercosul opinar agora. No caso do Lugo, a decisão de suspensão ocorreu no fim do processo", avaliou.

O plano de mobilizar o Mercosul para defender o governo Dilma não foi adiante e não há perspectiva de que se concretize. Segundo um integrante da chancelaria argentina, a reunião que o chanceler uruguaio, Rodolfo Nin Novoa, organizava às pressas não se concretizou porque o Itamaraty não gostou de "ser ajudado sem ter pedido auxílio externo".

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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Buenos Aires - O embaixador Frederico Meyer, porta-voz do Itamaraty , afirmou que não houve "ruptura democrática" no Brasil que justificasse uma sanção ao País no Mercosul .

Em março, a chanceler argentina, Susana Macorra, disse que o Mercosul discutia a convocação de uma reunião de emergência do bloco para apoiar o governo brasileiro e analisar eventual punição em caso de impeachment da presidente Dilma Rousseff.

De acordo com Meyer, a chamada cláusula democrática, usada para suspender o Paraguai em 2012, só pode ser aplicada se houver violação à democracia, e isso não ocorreu no Brasil.

"No Brasil, que eu saiba, não houve nada que justificasse ou se pudesse atribuir a uma ruptura democrática", afirmou embaixador ao jornal O Estado de S. Paulo. O integrante da cúpula do Itamaraty acrescentou que, no caso paraguaio, a suspensão foi aplicada após o impeachment relâmpago sofrido por Fernando Lugo.

A diferença ressaltada pelo funcionário é aprofundada pelo diplomata Juan Pablo Lohlé, que comandou a embaixada da Argentina em Brasília entre 2003 e 2010, período em que o kirchnerismo conviveu com o PT no poder.

"O que aconteceu no Paraguai e o que ocorre no Brasil é bem diferente, assim como a característica dos países. No Brasil, um processo está em curso. É muito difícil para um organismo multilateral como o Mercosul opinar agora. No caso do Lugo, a decisão de suspensão ocorreu no fim do processo", avaliou.

O plano de mobilizar o Mercosul para defender o governo Dilma não foi adiante e não há perspectiva de que se concretize. Segundo um integrante da chancelaria argentina, a reunião que o chanceler uruguaio, Rodolfo Nin Novoa, organizava às pressas não se concretizou porque o Itamaraty não gostou de "ser ajudado sem ter pedido auxílio externo".

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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