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Por abono salarial, grevistas fazem novo protesto na USP

O grupo protesta em frente ao prédio onde ocorre a reunião do Conselho Universitário (CO), órgão máximo da instituição


	Reitoria da USP: greve de professores e funcionários por reajuste salarial já dura 113 dias
 (Marcos Santos/USP Imagens)

Reitoria da USP: greve de professores e funcionários por reajuste salarial já dura 113 dias (Marcos Santos/USP Imagens)

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Da Redação

Publicado em 16 de setembro de 2014 às 17h02.

São Paulo - Dezenas de grevistas da Universidade de São Paulo (USP) fazem um ato no câmpus Butantã, na zona oeste da capital paulista, na tarde desta terça-feira, 16.

O grupo protesta em frente ao prédio onde ocorre a reunião do Conselho Universitário (CO), órgão máximo da instituição.

A greve de professores e funcionários por reajuste salarial já dura 113 dias.

Os manifestantes e o carro de som se concentram perto do edifício do Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares (Ipen). O principal alvo das críticas é o reitor Marco Antonio Zago.

O reajuste de 5,2% em duas parcelas (setembro e dezembro) já foi aprovado pelo conselho de reitores há duas semanas.

Esse índice cobre as defasagens causadas pela inflação no último ano. Por causa da crise financeira, as três universidades queriam congelar os salários, o que fez estourar a greve.

O CO discutirá nesta terça se paga abono de 28,6%, sugerido pela Justiça do Trabalho, para cobrir as perdas inflacionárias desde maio, quando começou a negociação do dissídio.

O pagamento do benefício é um dos principais entraves para encerrar a greve.

A Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e a Universidade Estadual Paulista (Unesp) já ofereceram abono de mesmo valor às categorias.

Na Unicamp, os grevistas já voltaram ao trabalho.

Mais problemas

Segundo o Sindicato dos Trabalhadores da USP (Sintusp), a reposição dos dias parados é outro ponto que emperra o acordo entre grevistas e reitoria.

A USP, diz a entidade, quer que os funcionários reponham as horas não trabalhadas nos próximos seis meses.

"Depois do corte de ponto, isso é um castigo que querem nos impor", reclama Magno de Carvalho, presidente do Sintusp.

"Vamos resolver o problema do serviço acumulado. Mas, para alguns funcionários, como motoristas, não faz sentido trabalhar horas a mais", acrescenta.

A reposição de horas foi o principal ponto da reunião entre representantes dos grevistas e da reitoria nesta manhã.

A comissão designada por Zago tenta costurar um acordo de fim de greve com os líderes sindicais, mas até agora não tiveram sucesso.

Nesta quarta-feira, 17, o grupo volta a se encontrar com os grevistas. À tarde, o sindicato e a reitoria tem uma audiência de conciliação no Tribunal Regional do Trabalho.

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