Popularidade de Temer é crítica, mas base aliada é forte, diz CNT
No levantamento da Confederação Nacional do Transporte os entrevistados também foram perguntados sobre as perspectivas para os próximos seis meses
Estadão Conteúdo
Publicado em 15 de fevereiro de 2017 às 13h11.
Brasília - Diante dos últimos dados de pesquisa sobre os índices de popularidade do governo Temer , o presidente da Confederação Nacional do Transporte (CNT), Clésio de Andrade, considerou o momento atual como "crítico".
"A situação envolvendo a popularidade é muito crítica. Mas, por outro lado, tem uma base política muito forte (no Congresso Nacional). Provavelmente, essa é a questão que mais sustenta o governo, o que poderá ajudar nas reformas", ressaltou Andrade após a divulgação da última pesquisa CNT/MDA, nesta quarta-feira, 15.
De acordo com o levantamento, a avaliação positiva do governo Temer apresentou queda nos últimos quatro meses e foi para 10,3%. Dados anteriores divulgados em outubro do ano passado apontavam uma avaliação positiva de 14,6%.
O índice da avaliação negativa do governo também registrou aumento, chegando a 44,1% ante 36,7% do final do ano passado.
Em relação à avaliação do desempenho pessoal de Temer, também foi registrado uma queda de 31,7% para 24,4%. Já o número de pessoas que desaprovam desempenho pessoal de Temer subiu de 51,4% para 62,4%.
Corrupção
Os entrevistados também foram questionados sobre a percepção da ocorrência de casos de corrupção no governo Temer em comparação com o governo de Dilma Rousseff.
Para 48,8% o nível de corrupção é igual nos dois governos. Já 31,5% consideram que havia mais corrupção no governo da petista e 16,1% consideram que o governo Temer é mais corrupto.
Quase que a totalidade dos entrevistado (91%) não acredita haver algum partido político livre de corrupção. De acordo com o levantamento, 89,3% conhecem ou já ouviram falar sobre a operação Lava Jato.
Expectativas
Na realização do levantamento, os entrevistados também foram perguntados sobre as perspectivas para os próximos seis meses em relação ao emprego, renda mensal, saúde, educação e segurança pública.
À exceção da segurança pública, a maioria dos entrevistados considera que o cenário irá permanecer igual. Com relação à segurança pública, 46,6% dos entrevistados acham que vai piorar.
A pesquisa foi realizada entre os dias 8 a 11 de fevereiro. Foram ouvidas 2.002 pessoas, em 138 municípios de 25 unidades federativas, das cinco regiões. A margem de erro é de 2,2 pontos percentuais com 95% de nível de confiança.