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Policiais do Rio se preparam para grandes eventos

Realização de grandes eventos levou a Secretaria de Segurança do Rio de Janeiro a elaborar um plano de capacitação dos policiais militares e civis do estado

Policiais no Rio de Janeiro: desde 2011, cerca de 2 mil agentes fizeram cursos e a expectativa é chegar a 2016 com 4.520 profissionais treinados (Antonio Scorza/EXAME.com)
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Da Redação

Publicado em 30 de janeiro de 2014 às 09h51.

Rio de Janeiro -A realização de grandes eventos, como a Jornada Mundial da Juventude , no ano passado, a Copa do Mundo , neste ano, e os Jogos Olímpicos e Paralímpicos, em 2016, levou a Secretaria de Segurança do Rio de Janeiro a elaborar um plano de capacitação dos policiais militares e civis do estado.

Desde 2011, cerca de 2 mil agentes fizeram cursos e a expectativa é chegar a 2016 com 4.520 profissionais treinados.

A preparação envolve cooperação com países como a Espanha, Alemanha, França, os Estados Unidos, o Japão, a Argentina e Inglaterra.

“A gente procurou uma série de parcerias com governos de países que detêm expertise em algumas áreas de interesse, para um aprofundamento maior”, disse o subsecretário extraordinário de Grandes Eventos da Secretaria de Segurança, Roberto Alzir, em entrevista à Agência Brasil.

Os contatos foram feitos durante visitas aos países e a vindas de equipes para treinar os policiais no Rio. Além disso, grupos da Secretaria de Segurança estiveram nos principais eventos esportivos dos últimos anos, incluindo a Copa do Mundo na África do Sul, os Jogos Olímpicos de Inverno em Vancouver, em 2010, e os Jogos Olímpicos em Londres, em 2012.

“Nos principais eventos esportivos, levamos equipes das instituições policiais para absorver conhecimento e ver, na prática, como desenvolviam as suas ações. Fomos também a Madri, por causa da Jornada Mundial da Juventude, tivemos interlocução com profissionais que trabalharam nessa operação, que foi de grande valia para nós, aqui no Rio, durante a Jornada”, contou.

Ainda na Espanha, os policiais brasileiros receberam informações sobre ações de contraterrorismo e eventos de massa, áreas em que, segundo ele, os espanhóis têm conhecimento aprofundado.

Com agentes do FBI, a polícia federal norte-americana, os cursos foram nas áreas de inteligência e do sistema de ações de contraterrorismo. Com a Guarda Costeira americana, foi possível avançar em área ainda pouco conhecida.


“O sistema de controle de incidentes é uma doutrina que a gente está absorvendo para os grandes eventos e, principalmente, para o dia a dia da cidade”, disse Alzir, acrescentando que com policiais alemães, os agentes brasileiros receberam informações sobre o esquema de segurança empregado na Eurocopa.

Apesar de ter treinamento específico para esses eventos, o subsecretário destacou que a capacitação atende também às demandas comuns a situações da rotina da cidade e do estado.

“É claro que sempre há uma adequação à nossa realidade, à nossa cultura, aos nossos equipamentos, mas é importante para esses profissionais identificar como essas ações são tratadas em outros países e, com as devidas adequações, implementá-las em nossas rotinas operacionais”, analisou.

O subsecretário disse ainda que em junho, quando começará a Copa do Mundo, os policiais do Rio estarão mais preparados do que estavam na época da Copa das Confederações, no ano passado.

Ele explicou que todos os confrontos que ocorreram entre policiais e manifestantes ainda são foco de estudos e análises. “Todo o procedimento policial está sendo revisto e estudado e alguns dos cursos tiveram esse enfoque. Tudo isso foi e está sendo objeto de grande estudo e análise por parte das polícias, para que a gente chegue à Copa do Mundo de maneira mais qualificada. Estamos fazendo investimentos nos equipamentos e na estratégia”, explicou.

Para Roberto Alzir, no entanto, a perspectiva é de que a quantidade e a intensidade das manifestações que ocorreram no ano passado não se repetirão durante a competição, em junho e julho deste ano.

A preocupação, segundo ele, continua sendo com relação à presença de vândalos que aproveitam manifestações pacíficas para provocar atos violentos. “Entendemos que durante a Copa do Mundo o ambiente não será tão propício à ação desses vândalos como foi em meados do ano passado, e encontrará uma polícia mais bem preparada e com equipamentos mais eficazes”.

A superintendente de Educação da Subsecretaria de Educação, Valorização e Prevenção da Secretaria de Segurança, Luciane Patrício, informou que o alcance dos cursos vai se expandir com os contatos entre os policiais que fazem a capacitação e outros integrantes das corporações.

Ela informou ainda que em determinados cursos há também a presença de bombeiros e de guardas municipais. Para Luciane, os profissionais se sentem valorizados ao participar da capacitação. “ Toda vez que a gente termina um curso a avaliação é sempre positiva no sentido de demanda por novas turmas e de que a troca de conhecimento foi importante”.

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Rio de Janeiro -A realização de grandes eventos, como a Jornada Mundial da Juventude , no ano passado, a Copa do Mundo , neste ano, e os Jogos Olímpicos e Paralímpicos, em 2016, levou a Secretaria de Segurança do Rio de Janeiro a elaborar um plano de capacitação dos policiais militares e civis do estado.

Desde 2011, cerca de 2 mil agentes fizeram cursos e a expectativa é chegar a 2016 com 4.520 profissionais treinados.

A preparação envolve cooperação com países como a Espanha, Alemanha, França, os Estados Unidos, o Japão, a Argentina e Inglaterra.

“A gente procurou uma série de parcerias com governos de países que detêm expertise em algumas áreas de interesse, para um aprofundamento maior”, disse o subsecretário extraordinário de Grandes Eventos da Secretaria de Segurança, Roberto Alzir, em entrevista à Agência Brasil.

Os contatos foram feitos durante visitas aos países e a vindas de equipes para treinar os policiais no Rio. Além disso, grupos da Secretaria de Segurança estiveram nos principais eventos esportivos dos últimos anos, incluindo a Copa do Mundo na África do Sul, os Jogos Olímpicos de Inverno em Vancouver, em 2010, e os Jogos Olímpicos em Londres, em 2012.

“Nos principais eventos esportivos, levamos equipes das instituições policiais para absorver conhecimento e ver, na prática, como desenvolviam as suas ações. Fomos também a Madri, por causa da Jornada Mundial da Juventude, tivemos interlocução com profissionais que trabalharam nessa operação, que foi de grande valia para nós, aqui no Rio, durante a Jornada”, contou.

Ainda na Espanha, os policiais brasileiros receberam informações sobre ações de contraterrorismo e eventos de massa, áreas em que, segundo ele, os espanhóis têm conhecimento aprofundado.

Com agentes do FBI, a polícia federal norte-americana, os cursos foram nas áreas de inteligência e do sistema de ações de contraterrorismo. Com a Guarda Costeira americana, foi possível avançar em área ainda pouco conhecida.


“O sistema de controle de incidentes é uma doutrina que a gente está absorvendo para os grandes eventos e, principalmente, para o dia a dia da cidade”, disse Alzir, acrescentando que com policiais alemães, os agentes brasileiros receberam informações sobre o esquema de segurança empregado na Eurocopa.

Apesar de ter treinamento específico para esses eventos, o subsecretário destacou que a capacitação atende também às demandas comuns a situações da rotina da cidade e do estado.

“É claro que sempre há uma adequação à nossa realidade, à nossa cultura, aos nossos equipamentos, mas é importante para esses profissionais identificar como essas ações são tratadas em outros países e, com as devidas adequações, implementá-las em nossas rotinas operacionais”, analisou.

O subsecretário disse ainda que em junho, quando começará a Copa do Mundo, os policiais do Rio estarão mais preparados do que estavam na época da Copa das Confederações, no ano passado.

Ele explicou que todos os confrontos que ocorreram entre policiais e manifestantes ainda são foco de estudos e análises. “Todo o procedimento policial está sendo revisto e estudado e alguns dos cursos tiveram esse enfoque. Tudo isso foi e está sendo objeto de grande estudo e análise por parte das polícias, para que a gente chegue à Copa do Mundo de maneira mais qualificada. Estamos fazendo investimentos nos equipamentos e na estratégia”, explicou.

Para Roberto Alzir, no entanto, a perspectiva é de que a quantidade e a intensidade das manifestações que ocorreram no ano passado não se repetirão durante a competição, em junho e julho deste ano.

A preocupação, segundo ele, continua sendo com relação à presença de vândalos que aproveitam manifestações pacíficas para provocar atos violentos. “Entendemos que durante a Copa do Mundo o ambiente não será tão propício à ação desses vândalos como foi em meados do ano passado, e encontrará uma polícia mais bem preparada e com equipamentos mais eficazes”.

A superintendente de Educação da Subsecretaria de Educação, Valorização e Prevenção da Secretaria de Segurança, Luciane Patrício, informou que o alcance dos cursos vai se expandir com os contatos entre os policiais que fazem a capacitação e outros integrantes das corporações.

Ela informou ainda que em determinados cursos há também a presença de bombeiros e de guardas municipais. Para Luciane, os profissionais se sentem valorizados ao participar da capacitação. “ Toda vez que a gente termina um curso a avaliação é sempre positiva no sentido de demanda por novas turmas e de que a troca de conhecimento foi importante”.

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