Henrique Pizzolato, ex-diretor do Banco do Brasil: a polícia italiana informou que o brasileiro pode pegar até três anos de prisão por falsidade ideológica na Itália (Wikimedia Commons)
Da Redação
Publicado em 6 de fevereiro de 2014 às 12h45.
Modena, Itália - A polícia de Modena admite existirem brechas legais para a extradição do ex-diretor do Banco do Brasil Henrique Pizzolato, condenado por envolvimento no mensalão.
Em coletiva de imprensa na cidade italiana, nesta quinta-feira, 06, a polícia indicou que a própria busca por Pizzolato, iniciada no fim de novembro, foi lançada após a avaliação de que o condenado no Brasil poderia de fato ser extraditado, mesmo tendo cidadania italiana.
É a primeira vez que autoridades do país sinalizam essa possibilidade. Nessa quarta, por exemplo, a Justiça italiana repetiu que o ex-diretor era "apenas um italiano preso na Itália por causa de documentos falsos".
Apesar do posicionamento da polícia, a decisão cabe a um procurador de Bolonha, que vai avaliar o caso a partir do momento em que o governo brasileiro encaminhar a solicitação de extradição. O pedido formal precisa ser feito pelo Supremo Tribunal Federal (STF).
Também nessa quinta, a polícia italiana informou que o brasileiro pode pegar até três anos de prisão por falsidade ideológica na Itália. Segundo as autoridades, foram encontrados no momento da prisão cerca de uma dezena de documentos com Pizzolato, alguns deles falsificados. Entre eles o passaporte usado na fuga do Brasil, pertencente ao irmão Celso, morto em um acidente de carro em 1978.
Um processo já foi aberto contra Pizzolato na Itália por falsidade ideológica. O ex-diretor do BB está detido em uma penitenciária de Modena.