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Polêmica sobre distritão persiste e ameaça votação da reforma

Ainda não há acordo sobre o sistema eleitoral, mas há forte movimentação de um grupo de aproximadamente 100 deputados para que seja aprovado

Câmara: o grupo ameaça não votar mais nenhum outro ponto da reforma caso o distritão não seja aprovado. (Ueslei Marcelino/Reuters)
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Reuters

Publicado em 12 de setembro de 2017 às 21h26.

Última atualização em 12 de setembro de 2017 às 21h53.

Brasília - Deputados tentam chegar a um entendimento mínimo para votar duas propostas da reforma política nesta semana, mas as divergências em torno do chamado distritão podem atrasar a votação do tema a tal ponto que inviabilize sua tramitação a tempo no Senado.

Segundo duas fontes que acompanham as negociações, ainda não há acordo sobre o sistema eleitoral, mas há forte movimentação de um grupo de aproximadamente 100 deputados, comandados pelo líder do PP, Arthur Lira (AL), para que ele seja aprovado.

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Esse grupo, inclusive, ameaça não votar nenhum outro ponto da reforma caso o distritão não seja aprovado.

Por isso mesmo, lideranças e representantes de partidos estavam reunidos na liderança do governo na Câmara por volta das 21h, na tentativa de chegar a um consenso mínimo.

Mais cedo, o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), afirmou que iniciaria a votação pela Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 77, justamente pelo trecho que trata da mudança do sistema eleitoral para a escolha de deputados e vereadores.

Depois, passaria à análise de outra PEC, a 282, que proíbe as coligações e estabelece uma cláusula de desempenho.

Antes, no entanto, o plenário da Câmara precisa analisar duas medidas provisórias e ainda assim manter seu quórum suficientemente alto. Para aprovação de uma PEC são necessários os votos de 308 dos 513 deputados.

Maia tem adotado a postura de aguardar um quórum próximo a 450 deputados para iniciar a votação de uma PEC.

A ideia, segundo outras duas fontes, era tentar iniciar a votação da reforma política nesta terça, encerrá-la na quarta-feira, e depois passar ao Refis.

Mas diante da falta de acordo, o mais provável é que comecem as votações pela PEC 282, deixando a medida que trata da renegociação de dívidas tributárias, o Refis, para a próxima semana.

Duas lideranças que participam da reunião não descartam, no entanto, que as votações de quarta-feira sejam iniciadas pelo Refis.

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