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PMDB vota para retirar contrapartidas em socorro aos estados

Dos 50 deputados da bancada que votaram, 47 se manifestaram a favor do fim das exigências para que o governo federal atenda aos entes regionais

PMDB: houve apenas dois votos contrários e uma abstenção do partido (PMDB/Divulgação)

PMDB: houve apenas dois votos contrários e uma abstenção do partido (PMDB/Divulgação)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 21 de dezembro de 2016 às 16h43.

Última atualização em 21 de dezembro de 2016 às 16h50.

Brasília - O PMDB, partido do presidente Michel Temer, deu o maior número de votos favoráveis à retirada das contrapartidas ao socorro dos Estados no projeto de renegociação das dívidas com a União aprovado nesta terça-feira, 20, pela Câmara.

É o que revela o levantamento feito pelo Broadcast, serviço de notícias em tempo real do Grupo Estado, no mapa da votação dos deputados na proposta, tida como a maior derrota de Temer no Congresso desde que assumiu o Palácio do Planalto em maio.

Dos 66 deputados da bancada peemedebista, a maior da Casa, 50 participaram da votação e 47 deles se manifestaram a favor do fim das exigências para que o governo federal atenda aos entes regionais. Houve apenas dois votos contrários e uma abstenção.

Oposição

O PT, segunda maior bancada com 58 deputados, deu 40 votos a favor das alterações do projeto - somente um contra e uma abstenção.

A mudança de postura dos petistas foi decisiva para que o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), tivesse segurança para levar adiante a votação.

Na discussão do projeto, o partido defendia inicialmente a obstrução - o que significa que não iriam registrar presença para garantir a votação.

Mas o PT decidiu apoiar o projeto após firmar um acordo com a base para retirar do texto uma proposta que previa o financiamento ao Plano de Demissão Voluntária (PDV), medida que, avalia a bancada, poderia desestimular os Estados a realizarem esse tipo de programa de corte de servidores públicos.

A proposta contou com o voto de 311 deputados, 54 a mais que o mínimo necessário para que um projeto vá à votação (257 votos).

Ou seja, os 40 deputados votantes do PT ampliaram a margem, ainda que apertada, para garantir a apreciação da matéria, em sessão conduzida por Maia, candidato à reeleição e interessado em ajudar, com as mudanças, seu Estado de origem, o Rio de Janeiro. O texto foi aprovado com 296 votos a favor, 12 contra e três abstenções.

O PSDB, terceira maior bancada, com 47 deputados, deu 27 votos a favor do fim das contrapartidas, um contra e ainda uma abstenção.

Partidos do Centrão e que têm candidatos à sucessão da Câmara, como o PSD de Rogério Rosso (DF) e o PTB de Jovair Arantes (GO), tiveram baixo comparecimento na votação.

No PSD, só 14 dos 37 deputados compareceram à sessão - todos votaram a favor das mudanças. No PTB, foram apenas quatro dos 18 integrantes da bancada - também todos favoráveis. Rosso e Jovair não participaram dessa votação, por exemplo.

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