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PL do coronavírus no Congresso; produção industrial cai 1,1%; vendas de veículos caem 1,61% em janeiro

Linha montagem de carros: vendas caíram 1,6% em 2019 (Germano Lüders/Exame)
DR

Da Redação

Publicado em 5 de fevereiro de 2020 às 07h04.

Última atualização em 5 de fevereiro de 2020 às 07h32.

PL do coronavírus chega ao Congresso

O governo federal enviou ao Congresso Nacional texto do projeto de lei que “dispõe sobre as medidas sanitárias para enfrentamento da emergência de saúde pública de importância internacional decorrente do coronavírus”. A mensagem presidencial de envio da matéria foi publicada nesta terça-feira em edição extra do Diário Oficial da União (DOU). A decisão do presidente Jair Bolsonaro de encaminhar o assunto por meio de um PL, e não mais por medida provisória, como inicialmente previsto, atende a uma recomendação do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ). O PL vai detalhar a quarentena dos brasileiros que serão resgatados da cidade de Wuhan, na China, epicentro do surto de coronavírus.

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Fuga de estrangeiros

A saída de capital estrangeiro do Brasil em janeiro foi a maior desde 2006, fazendo com que o investidor brasileiro superasse os estrangeiros no mercado local pela primeira vez desde 2014. Os investidores estrangeiros sacaram 2,12 bilhões de reais de ações listadas na B3, a bolsa brasileira. Os dados foram divulgados pela própria B3 nesta terça-feira. Vale lembrar que, no pregão que fechou janeiro, o Ibovespa caiu 1,53%, graças a temores relacionados ao coronavírus. O desempenho da bolsa em janeiro também foi o pior desde 2016.

Produção industrial cai 1,1% em 2019

A produção industrial do Brasil terminou 2019 com queda acima do esperado em dezembro e o ano no vermelho, interrompendo dois anos seguidos de ganhos com forte influência das perdas no setor extrativo devido ao rompimento da barragem de Brumadinho (MG). Em dezembro, a indústria apresentou queda da produção de 0,7% sobre o mês anterior, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta terça-feira 4. O resultado marcou o segundo negativo seguido após queda de 1,7% em novembro, e foi o mais fraco para dezembro desde 2015. Também ficou pior do que a expectativa em pesquisa da Reuters de recuo de 0,5%. Sobre dezembro de 2018, houve perda de 1,2% na produção, contra projeção de queda de 0,8%. 2019 terminou com corte na produção de 1,1%, interrompendo dois anos seguidos de ganho 2,5% em 2017 e 1,0% em 2018.

Vendas de veículos caem 1,61% em janeiro

As vendas de veículos caíram 1,61% em janeiro em comparação ao mesmo mês de 2019. Segundo o balanço divulgado nesta terça-feira pela Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave), foram emplacadas no primeiro mês deste ano 298,4 mil unidades, contra 370,7 mil no ano passado. Em relação a dezembro, a retração ficou em 19,5%. Os automóveis tiveram a maior queda, com redução de 5,62% nos emplacamentos de janeiro em relação ao primeiro mês do ano passado. De acordo com a Fenabrave, foram vendidos 154,5 mil carros em janeiro. Na comparação com dezembro, o número representa uma retração de 28,1% nas vendas. No último mês de 2019 chegaram a ser comercializados 215,2 mil carros.

PF abre inquérito contra Wajngarten

Após semanas de acusações contra Fabio Wajngarten, chefe da comunicação da Presidência, a Polícia Federal abriu inquérito contra o secretário nesta terça-feira. A PF investiga denúncias de que Wajngarten teria favorecido, no orçamento de propaganda governamental, as agências de publicidade e emissoras de televisão que são também clientes de sua própria empresa pessoal. O caso foi publicado primeiro pelo jornal Folha de S.Paulo em janeiro. Wajngarten tem 95% da empresa FW Comunicação e, por meio dela, estaria recebendo dinheiro de emissoras de TV e agências que foram contratadas pela secretaria de comunicação (a Secom) para ações de propaganda do governo. Se confirmado o caso, significaria que Wajngarten estaria vendendo sua influência no governo e fazendo uso da máquina pública para benefícios de sua empresa pessoal.

Justiça mantém quebra de sigilo fiscal de Flávio

O Tribunal de Justiça (TJ) do Rio de Janeiro julgou nesta terça-feira o habeas corpus da defesa de Flávio Bolsonaro e manteve a quebra de sigilo fiscal e bancário do Senador. O relator, desembargador Antônio Amado, foi vencido pelas outras duas desembargadoras, Monica Toledo Oliveira e Suimei Meira Cavalieri. O placar foi 2 a 1. Amado votou na última semana para anular a decisão do juiz da 27ª Vara Criminal, Flávio Itabaiana, que há um ano determinou quebras dos sigilos bancários do senador Flávio Bolsonaro e de outras 95 pessoas e empresas. O parlamentar é investigado pelo Ministério Público (MP) do Rio pela prática de “rachadinha”, como é conhecida a devolução de parte dos salários de funcionários.

Trump critica primária democrata

O presidente norte-americano, Donald Trump, ironizou nesta terça-feira o que chamou de “desastre sem atenuantes” das primárias democratas de Iowa, pontapé inicial da disputa do partido de oposição para designar seu rival nas eleições de novembro. “Nada funciona, assim como eles administravam o país”, escreveu o presidente no Twitter ante a demora da publicação dos resultados. As primárias do Partido Democrata em Iowa tiveram resultado adiado devido a inconsistências na apuração. Em referência ao fato de que venceu o caucus do Partido Republicano no estado do Meio-Oeste americano, o presidente destacou que é única pessoa que pode reivindicar uma grande vitória em Iowa.

Putin nega reforma para se reeleger

O presidente da Rússia, Vladimir Putin, negou nesta terça-feira 4 que tenha proposto a reforma constitucional para seguir no poder, uma vez que a atual Constituição o obriga a deixar o Kremlin em 2024. “Eu propus (a reforma), mas não para prolongar meus poderes”, afirmou o governante. Essa foi a resposta de Putin aos que afirmam que as emendas constitucionais são uma manobra para se perpetuar no poder, seja no Kremlin ou à frente do Conselho de Estado, um órgão com amplos poderes que será incluído na Constituição. Entre outros pontos, Putin também propôs reduzir para dois o limite de mandatos presidenciais (totalizando 12 anos). Putin ainda disse que propôs convocar um plebiscito para que os próprios russos decidam se aprovam ou não as emendas que ele apresentou no dia 15 de janeiro.

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