Fernando Pimentel: "ele foi meu secretário na prefeitura, foi secretário do prefeito Marcio Lacerda até ele romper com o PT, foi meu assessor no ministério" (Antonio Cruz/ABr)
Da Redação
Publicado em 14 de fevereiro de 2014 às 20h23.
Belo Horizonte - O ex-ministro Fernando Pimentel afirmou nesta sexta-feira, 14, que tem "confiança" em seu assessor no Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, José Afonso Bicalho, réu no processo do chamado mensalão mineiro que tramita na Justiça mineira. O petista, cuja pré-candidatura ao governo de Minas foi lançada em evento com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, confirmou a possibilidade de Bicalho ajudar na coordenação da campanha. A notícia de que ele era assessor do ministério foi divulgada nesta sexta pelo jornal O Globo.
Bicalho era presidente do extinto Banco do Estado de Minas Gerais (Bemge) em 1998, quando, segundo o Ministério Público, foram desviados recursos de estatais mineiras para financiar a campanha pela reeleição do então governador e hoje deputado federal Eduardo Azeredo (PSDB-MG).
Na semana passada, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, apresentou declarações finais ao Supremo Tribunal Federal no processo que tem como réu o tucano, para quem pediu 22 anos de prisão.
A ação contra Bicalho foi desmembrada desse processo e enviada para Belo Horizonte, onde também é réu, entre outros, o empresário Marcos Valério Fernandes de Souza, já condenado a mais de 40 anos de prisão no processo do mensalão.
"Ele foi meu secretário na prefeitura, foi secretário do prefeito Marcio Lacerda até ele romper com o PT, foi meu assessor no ministério. Continua como assessor do ministro Mauro Borges. Acredito que vá continuar", afirmou Pimentel. "O fato de estar sendo processado não quer dizer nada, não foi condenado. Tenho convicção da inocência dele. Vamos esperar o resultado da Justiça" completou o petista.
Além de Bicalho, outro envolvido no mensalão mineiro, o senador Clésio Andrade, poderá participar das eleições em Minas: o PMDB já o lançou como pré-candidato ao governo. "Mas ainda estão ouvindo testemunhas", disse o ministro da Agricultura, Antônio Andrade, ex-presidente da legenda.