PGR pede abertura de novo inquérito sobre Fernando Collor
O novo pedido, que foi encaminhado ao ministro Teori Zavascki, é sigiloso e não há maiores detalhes
Da Redação
Publicado em 12 de novembro de 2015 às 14h38.
Brasília - A Procuradoria-Geral da República (PGR) solicitou ao Supremo Tribunal Federal ( STF ) a abertura de um novo inquérito sobre o senador Fernando Collor (PTB-AL), também no âmbito da Lava Jato .
O novo pedido, que foi encaminhado ao ministro Teori Zavascki, é sigiloso e não há maiores detalhes.
Collor já foi denunciado pela PGR por corrupção e lavagem de dinheiro. Até agora, as investigações indicam que o senador recebeu R$ 26 milhões em propina entre 2010 e 2014 por um contrato de troca de bandeira de postos de combustível assinado pela BR Distribuidora e por outros contratos da estatal com a UTC Engenharia, outro alvo da Lava Jato.
O dono da empresa, Ricardo Pessoa, é apontado como chefe do cartel beneficiário de contratos com a Petrobras.
As primeiras denúncias contra Collor detalham o esquema de lavagem de dinheiro usado pelo senador, com a compra de carros de luxo, além de delações que apontam entrega de dinheiro em mãos ao político.
Subordinado do doleiro Alberto Youssef, peça central da Lava Jato, Rafael Ângulo relatou ter dado pessoalmente R$ 60 mil a Collor em um apartamento do parlamentar.
A Polícia Federal também obteve a confirmação de oito comprovantes de depósito em nome do senador, mencionados em delação por Youssef. O doleiro disse ter feito "vários depósitos" a Collor, no valor de R$ 50 mil.
O senador também foi citado no depoimento do lobista Fernando Baiano, apontado como operador de propinas do PMDB pela Operação Lava Jato, que afirmou que, em 2012, o então diretor financeiro da BR Distribuidora Nestor Cerveró comentou sobre uma suposta pressão feita por Collor na subsidiária da estatal petrolífera.
Na ocasião, Collor negou 'qualquer ingerência' na BR Distribuidora. Por meio de nota, o senador negou "enfaticamente ter exercido qualquer ingerência - muito menos pressão - sobre a Petrobras ou sua subsidiária BR Distribuidora".
"O senador não se dignará a responder a especulações infundadas de delator a partir do que supostamente ouviu dizer de terceira pessoa, e que não apontam concretamente qualquer fato específico, nem lhe atribuem prática de qualquer ilegalidade".
Carros de volta
No fim de outubro, o ministro Teori Zavascki autorizou o senador a guardar os veículos de luxo que foram apreendidos em julho pela Polícia Federal na Operação Politeia, um desdobramento da Operação Lava Jato.
O parlamentar pediu ao STF para guardar em sua posse os veículos - um Lamborghini, um Bentley, uma Range Rover e uma Ferrari - porque são automóveis de luxo que demandam cuidados especiais.
"Não se tratando de bens essenciais à elucidação dos fatos investigados, nem constituindo, em si mesmos, bens ilícitos, não haveria óbice à nomeação do requerente como fiel depositário, com os deveres e ônus correspondentes", disse a decisão do STF.
Brasília - A Procuradoria-Geral da República (PGR) solicitou ao Supremo Tribunal Federal ( STF ) a abertura de um novo inquérito sobre o senador Fernando Collor (PTB-AL), também no âmbito da Lava Jato .
O novo pedido, que foi encaminhado ao ministro Teori Zavascki, é sigiloso e não há maiores detalhes.
Collor já foi denunciado pela PGR por corrupção e lavagem de dinheiro. Até agora, as investigações indicam que o senador recebeu R$ 26 milhões em propina entre 2010 e 2014 por um contrato de troca de bandeira de postos de combustível assinado pela BR Distribuidora e por outros contratos da estatal com a UTC Engenharia, outro alvo da Lava Jato.
O dono da empresa, Ricardo Pessoa, é apontado como chefe do cartel beneficiário de contratos com a Petrobras.
As primeiras denúncias contra Collor detalham o esquema de lavagem de dinheiro usado pelo senador, com a compra de carros de luxo, além de delações que apontam entrega de dinheiro em mãos ao político.
Subordinado do doleiro Alberto Youssef, peça central da Lava Jato, Rafael Ângulo relatou ter dado pessoalmente R$ 60 mil a Collor em um apartamento do parlamentar.
A Polícia Federal também obteve a confirmação de oito comprovantes de depósito em nome do senador, mencionados em delação por Youssef. O doleiro disse ter feito "vários depósitos" a Collor, no valor de R$ 50 mil.
O senador também foi citado no depoimento do lobista Fernando Baiano, apontado como operador de propinas do PMDB pela Operação Lava Jato, que afirmou que, em 2012, o então diretor financeiro da BR Distribuidora Nestor Cerveró comentou sobre uma suposta pressão feita por Collor na subsidiária da estatal petrolífera.
Na ocasião, Collor negou 'qualquer ingerência' na BR Distribuidora. Por meio de nota, o senador negou "enfaticamente ter exercido qualquer ingerência - muito menos pressão - sobre a Petrobras ou sua subsidiária BR Distribuidora".
"O senador não se dignará a responder a especulações infundadas de delator a partir do que supostamente ouviu dizer de terceira pessoa, e que não apontam concretamente qualquer fato específico, nem lhe atribuem prática de qualquer ilegalidade".
Carros de volta
No fim de outubro, o ministro Teori Zavascki autorizou o senador a guardar os veículos de luxo que foram apreendidos em julho pela Polícia Federal na Operação Politeia, um desdobramento da Operação Lava Jato.
O parlamentar pediu ao STF para guardar em sua posse os veículos - um Lamborghini, um Bentley, uma Range Rover e uma Ferrari - porque são automóveis de luxo que demandam cuidados especiais.
"Não se tratando de bens essenciais à elucidação dos fatos investigados, nem constituindo, em si mesmos, bens ilícitos, não haveria óbice à nomeação do requerente como fiel depositário, com os deveres e ônus correspondentes", disse a decisão do STF.