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PF volta à Terra Yanomami e destrói estrutura do garimpo ilegal

Agentes apreenderam coletes, munições, armas, rádios e cadernos dos garimpeiros

Sede da Polícia Federal, em Brasília (DF) (Marcelo Camargo/Agência Brasil)

Sede da Polícia Federal, em Brasília (DF) (Marcelo Camargo/Agência Brasil)

Estadão Conteúdo
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Agência de notícias

Publicado em 17 de janeiro de 2024 às 18h37.

A Polícia Federal destruiu nesta terça-feira, 16, motores, geradores e outros maquinários de garimpo ilegal na Terra Yanomami. Os agentes abriram uma nova ofensiva no rastro de criminosos que permanecem na reserva mesmo após a série de ações realizadas pela corporação ao longo de 2023 para expulsão de invasores e destruição da infraestrutura usada para os delitos.

A PF apreendeu coletes, munições, armas, rádios e cadernos dos garimpeiros. Também inutilizou aparelhos usados pelos invasores para extração de minérios ilegalmente - procedimento de praxe realizado nessas ofensivas.

Segundo a PF, as ações de combate ao garimpo na Terra Yanomami não têm data para acabar.

A ofensiva é uma continuação da Operação Libertação, aberta no começo do ano passado para retirar garimpeiros de comunidades Yanomami.

A nova leva de operações se dá quase um ano depois de o governo federal declarar emergência sanitária na região, em razão da crise de saúde que assola os yanomami.

O desastre humanitário está diretamente ligado ao garimpo ilegal e à contaminação das águas da reserva com mercúrio.

No início do mês, o Palácio do Planalto anunciou investimento de R$ 1,2 bilhão para ações no território em 2024, com um plano de atuação permanente de orgãos federais em toda a área. O governo indicou a construção de uma unidade de saúde e de postos de segurança permanentes na região, com o objetivo de conter a atuação ilegal de garimpeiros.

Em dezembro, a Justiça Federal em Roraima atendeu um pedido do Ministério Público Federal e ordenou a elaboração de um novo cronograma de ações contra o garimpo ilegal nas terras ocupadas pelos Yanomami.

Devem participar do processo a Fundação Nacional dos Povos Indígenas, o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade e o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis.

Ao protocolar solicitação na Justiça, a Procuradoria narrou o retorno de garimpeiros à Terra Yanomami, denunciando relatos de aliciamento e prostituição.

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