PF: operação prendeu Lucio Funaro, empresário ligado a Eduardo Cunha (Sergio Moraes / Reuters)
Luiza Calegari
Publicado em 1 de julho de 2016 às 17h10.
São Paulo - A Polícia Federal realizou mandados de busca e apreensão na empresa Eldorado Brasil Celulose, da J&F (que também é dona da Friboi), e na casa do presidente da companhia, Joesley Batista na manhã desta sexta-feira (1º), segundo a Folha de S.Paulo.
A ação da PF também envolve o herdeiro da Gol Linhas Aéreas, Henrique Constantino.
A PF realizou uma prisão, de Lucio Funaro, empresário ligado a Eduardo Cunha, segundo O Estado de S. Paulo.
A operação Sépsis, como foi batizada, é um desdobramento da Lava Jato. Os 19 mandados de busca e apreensão desta etapa da operação foram autorizados pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Teori Zavascki
A operação da PF se baseia em informações da delação premiada de Fabio Cleto, ex-vice presidente da Caixa Econômica, indicado por Cunha, e da delação do ex-diretor de Relações Institucionais do Grupo Hypermarcas Nelson Mello.
Na delação, Fabio Cleto afirmou que Eduardo Cunha tinha ficado com propina de 1% em um negócio de R$ 940 milhões aprovado pelo FI-FGTS com a empresa Eldorado, do grupo J&F, que também é dono da JBS.
Os policiais cumprem mandados em São Paulo, Rio de Janeiro e Pernambuco, e no Distrito Federal.
Eldorado diz que desconhece motivo da ação
Em nota, a Eldorado confirma que a Polícia Federal realizou busca e apreensão em suas dependências em São Paulo. A empresa diz que "desconhece as razões e o objetivo da ação e prestou todas as informações solicitadas".
"A Eldorado sempre atuou de forma transparente e todas as suas atividades são realizadas dentro da legalidade", afirma.
JBS diz que não é alvo de operação
A JBS informou, em fato relevante divulgado pela manhã, que não é alvo de operação da Polícia Federal. Veja a íntegra da nota:
"JBS S.A. (BM&FBOVESPA: JBSS3; OTCQX: JBSAY, "JBS" ou "Companhia"), comunica a seus acionistas e ao mercado em geral que, em relação às notícias veiculadas na data de hoje pela imprensa, a Companhia, bem como seus executivos, não é alvo e não está relacionada com a operação da Polícia Federal ocorrida na manhã de hoje."
Via Rondon diz que ação não envolve a Gol
A Via Rondon, citada pelo MPF, esclareceu que a ação da polícia não tem relação com nenhuma outra empresa da família Constantino. Leia a íntegra do esclarecimento:
"A Via Rondon informa que, um de seus diretores, Henrique Constantino, foi procurado na manhã desta sexta-feira pelo MPF para apresentar a documentação pertinente a empréstimo tomado junto ao Fundo Investimentos FGTS, solicitação esta que foi prontamente atendida. Ressaltamos que a solicitação do MPF está relacionada unicamente com a Via Rondon e não possui qualquer relação com outras empresas da família Constantino."
*Atualizada às 13h45