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PF busca provas de fraude na Copa em estatal de obras de Brasília

A diligência foi autorizada após a PF ter encontrado R$ 268 mil em espécie em um cofre na casa do ex-presidente da Novacap

Mané Garrincha: também foram encontradas planilhas que supostamente detalham o pagamento de propina e outros documentos suspeitos (Marcello Casal Jr./Agência Brasil)

Mané Garrincha: também foram encontradas planilhas que supostamente detalham o pagamento de propina e outros documentos suspeitos (Marcello Casal Jr./Agência Brasil)

AB

Agência Brasil

Publicado em 2 de junho de 2017 às 11h46.

Última atualização em 2 de junho de 2017 às 11h49.

A Polícia Federal (PF) cumpriu ontem (2) mandados de busca e apreensão na Novacap, estatal de obras do Governo do Distrito Federal, num desdobramento da Operação Panatenaico, que investiga fraudes de até R$ 1,3 bilhão nos contratos de reconstrução do Estádio Mané Garrincha para a Copa do Mundo de 2014.

A diligência foi autorizada pelo juiz Vallisney de Souza Oliveira, da 10ª Vara Federal do DF, após a PF ter encontrado R$ 268.147,54 em espécie num cofre na casa de Nilson Martorelli, ex-presidente da Novacap.

A PF salientou que a quantia "a princípio não condiz com a sua condição de ex-servidor público, desempregado há mais de dois anos".

Na residência de Martorelli, foram encontradas também planilhas com referência a valores que somam R$ 500 mil. Segundo delação premiada do executivo Rodrigo Leite Vieira, da construtora Andrade Gutierrez, uma das empresas integrantes do consórcio de reconstrução do Mané Garrincha, esse foi o valor da propina paga pela empreiteira.

Planilhas que supostamente detalham o pagamento de propina e outros documentos suspeitos foram vistos também na residência e no carro de Maruska Lima de Souza Holanda, ex-diretora da Novacap.

Os documentos foram encontrados na semana passada, nas primeiras diligências da Panatenaico, em decorrência das quais foram presos temporariamente os ex-governadores do DF José Roberto Arruda e Agnelo Queiroz, bem como Martorelli e outras sete pessoas.

Ontem (1º), o Tribunal Regional Federal da 1ª Região concedeu um habeas corpus e determinou a soltura de Agnelo Queiroz e outros dois investigados.

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