PF apura repasses a campanha de Dilma e sobrinho de Delfim
A PF está negociando nova delação premiada com o grupo Schahin para investigar repasses para fornecedor de campanha de Dilma e para sobrinho de Delfim Netto
Da Redação
Publicado em 13 de setembro de 2016 às 07h36.
Curitiba e São Paulo - A Polícia Federal negocia com os donos do Grupo Schahin uma nova colaboração premiada, no contexto das investigações da Operação Lava Jato , em Curitiba.
A atual, do empresário Salim Schahin, um dos donos do conglomerado, foi firmada com o Ministério Público Federal em novembro de 2015.
"Por prerrogativa que lhe é conferida por lei e pela plenitude das atribuições constitucionais investigativas expressamente conferidas à PF, esclareço que serão realizadas tratativas visando a possibilidade de celebração de acordo de colaboração premiada com executivos do grupo Schahin", afirma o delegado Filipe Hille Pace.
O objetivo agora, de acordo com Pace, é esclarecer pagamentos identificados do grupo para Carlos Roberto Cortegoso, segundo maior fornecedor da campanha que reelegeu a presidente cassada Dilma Rousseff , e para um sobrinho do ex-ministro Delfim Netto.
À Procuradoria, Salim confessou ter concedido, em 2004, empréstimo de R$ 12 milhões para o PT, em nome do pecuarista José Carlos Bumlai.
Um dos destinatários do dinheiro, segundo a força-tarefa da Lava Jato, foi o empresário Ronan Maria Pinto, de Santo André (SP) - condenado por corrupção no governo do prefeito assassinado Celso Daniel (PT).
Parte do valor foi usada por Ronan para a compra do jornal Diário do Grande ABC. O caso virou processo criminal, aberto pelo juiz Sérgio Moro.
Pace relaciona "algumas transferências realizadas pelo grupo Schahin a empresas já investigadas na Lava Jato, bem como a outras que, ao que parece, podem ter sido utilizadas de maneira ilícita".
Entre elas estão a CRLS Consultoria e Eventos, de Cortegoso, e a LS Consultoria Empresarial Agro Pecuária e Comercial, de Luiz Appolonia Neto, sobrinho de Delfim.
Na disputa à reeleição de Dilma em 2014, Cortegoso recebeu R$ 24 milhões. Ele presta serviços ao PT, principalmente, por sua empresa Focal Comunicação Visual. A outra, CRLS, passou a movimentar valores acima dos declarados.
O empresário é réu em processo aberto em São Paulo, resultado da Operação Custo Brasil, que apura desvios em contratos de empréstimos consignados dos servidores federais, por meio do Ministério do Planejamento.
Defesas
O criminalista Guilherme San Juan Araújo, que defende Schahin, informou que não poderia comentar o caso. Márcio Decreci, que defende Cortegoso, disse que também não poderia comentar a investigação. Segundo ele, seu cliente nunca recebeu recursos ilícitos.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
Curitiba e São Paulo - A Polícia Federal negocia com os donos do Grupo Schahin uma nova colaboração premiada, no contexto das investigações da Operação Lava Jato , em Curitiba.
A atual, do empresário Salim Schahin, um dos donos do conglomerado, foi firmada com o Ministério Público Federal em novembro de 2015.
"Por prerrogativa que lhe é conferida por lei e pela plenitude das atribuições constitucionais investigativas expressamente conferidas à PF, esclareço que serão realizadas tratativas visando a possibilidade de celebração de acordo de colaboração premiada com executivos do grupo Schahin", afirma o delegado Filipe Hille Pace.
O objetivo agora, de acordo com Pace, é esclarecer pagamentos identificados do grupo para Carlos Roberto Cortegoso, segundo maior fornecedor da campanha que reelegeu a presidente cassada Dilma Rousseff , e para um sobrinho do ex-ministro Delfim Netto.
À Procuradoria, Salim confessou ter concedido, em 2004, empréstimo de R$ 12 milhões para o PT, em nome do pecuarista José Carlos Bumlai.
Um dos destinatários do dinheiro, segundo a força-tarefa da Lava Jato, foi o empresário Ronan Maria Pinto, de Santo André (SP) - condenado por corrupção no governo do prefeito assassinado Celso Daniel (PT).
Parte do valor foi usada por Ronan para a compra do jornal Diário do Grande ABC. O caso virou processo criminal, aberto pelo juiz Sérgio Moro.
Pace relaciona "algumas transferências realizadas pelo grupo Schahin a empresas já investigadas na Lava Jato, bem como a outras que, ao que parece, podem ter sido utilizadas de maneira ilícita".
Entre elas estão a CRLS Consultoria e Eventos, de Cortegoso, e a LS Consultoria Empresarial Agro Pecuária e Comercial, de Luiz Appolonia Neto, sobrinho de Delfim.
Na disputa à reeleição de Dilma em 2014, Cortegoso recebeu R$ 24 milhões. Ele presta serviços ao PT, principalmente, por sua empresa Focal Comunicação Visual. A outra, CRLS, passou a movimentar valores acima dos declarados.
O empresário é réu em processo aberto em São Paulo, resultado da Operação Custo Brasil, que apura desvios em contratos de empréstimos consignados dos servidores federais, por meio do Ministério do Planejamento.
Defesas
O criminalista Guilherme San Juan Araújo, que defende Schahin, informou que não poderia comentar o caso. Márcio Decreci, que defende Cortegoso, disse que também não poderia comentar a investigação. Segundo ele, seu cliente nunca recebeu recursos ilícitos.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.