Pezão sob suspeita; Caos no Rio…
Pezão sob suspeita Segundo relatório da Polícia Federal, o nome do governador do Rio de Janeiro, Luiz Fernando Pezão (PMDB), aparece em anotações de Luiz Carlos Bezerra, apontado como um dos operadores do ex-governador Sérgio Cabral (PMDB). A informação é do jornal O Globo. As notas foram apreendidas nas diligências de busca e apreensão da […]
Da Redação
Publicado em 9 de fevereiro de 2017 às 18h00.
Última atualização em 23 de junho de 2017 às 18h46.
Pezão sob suspeita
Segundo relatório da Polícia Federal, o nome do governador do Rio de Janeiro, Luiz Fernando Pezão (PMDB), aparece em anotações de Luiz Carlos Bezerra, apontado como um dos operadores do ex-governador Sérgio Cabral (PMDB). A informação é do jornal O Globo. As notas foram apreendidas nas diligências de busca e apreensão da Operação Calicute na casa de Bezerra e trazem indícios de dois repasses de propina ao peemedebista, um de 50.000 e outro de 140.000 reais. As pistas foram anexadas ao documento enviado à 7a Vara Federal Criminal do Rio, de onde serão encaminhadas ao Superior Tribunal de Justiça, pois Pezão tem foro privilegiado. Ontem, o Tribunal Regional Eleitoral do Rio aprovou a cassação da chapa Pezão-Dornelles por produção de material de campanha superfaturado na campanha de 2014.
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Caos no Rio
Uma manifestação de servidores públicos acabou em confronto com a Polícia Militar na porta da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro. O grupo protestava contra a privatização da Companhia Estadual de Águas e Esgoto e pela saída do governador Luiz Fernando Pezão (PMDB). Depois de 5 horas de manifestação pacífica, fogos de artifício desencadearam uma resposta policial. O confronto se estende até as 19 horas, com policiais lançando bombas de efeito moral e gás lacrimogênio para dispersar o grupo, que revida com mais rojões e coquetéis Molotov.
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Mais denúncias contra Maia
Atual presidente da Câmara dos Deputados, o deputado federal Rodrigo Maia (DEM-RJ) apresentou em julho de 2014 uma emenda que beneficiava aeroportos concedidos às privatizações, incluindo a OAS. A denúncia do jornal Folha de S. Paulo vem logo depois de a Polícia Federal apontar pedido de propina e doações eleitorais à empreiteira em troca de favores no Congresso. Então chefiada por Léo Pinheiro, a empresa faz parte do consórcio Invepar, que opera o Aeroporto Internacional de Guarulhos, o maior do Brasil. A emenda previa condições para “desenvolvimento da aviação regional”, mas acabou rejeitada. O presidente da Câmara afirma que as denúncias contra ele são “absurdas”.
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Caos no Espírito Santo
Continua o pânico pela falta de policiamento no Espírito Santo. Prestes a completar uma semana de greve da Polícia Militar, o número de mortos no estado já passa de 100. O governo Temer anunciou o envio de mais 550 homens para reforço das Forças Armadas e outros 100 para a Força Nacional ao contingente de 1.200 agentes que fazem o policiamento. Mais uma vez, houve paralisação do sistema de transportes e de escolas em toda a Grande Vitória. Com a morte de um oficial, a Polícia Civil também entrou em greve ontem. O governador Paulo Hartung não se posicionou desde a coletiva nesta quarta-feira. “É um caminho errado que rasga a Constituição, é uma chantagem”, disse sobre a greve.
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Depoimento de FHC
O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso prestou depoimento nesta quinta-feira ao juiz federal Sergio Moro como parte das investigações da Operação Lava-Jato. FHC falou como testemunha de defesa do presidente do Instituto Lula, Paulo Okamoto. Entre outras perguntas, o tucano foi questionado sobre a formação de base eleitoral no Congresso durante seu governo, como procedia diante de suspeitas de corrupção, sua relação com Nestor Cerveró e como geria o acervo que acumulou na Presidência. Fernando Henrique disse que usou a participação do PMDB para montar maioria e aprovar reformas no Congresso, mas que desconhecia Cerveró e suas ações e relações. “O presidente da República não pode saber o que está acontecendo no conjunto de pessoas”, disse. Sobre os presentes, afirma ter dado destino para boa parte através de doações a instituições parceiras, como empreiteiras e bancos, formalizadas por contratos. “Nada, nada por fora, zero, não existe tal hipótese.”
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Filho de Crivella impedido
Marcelo Hodge Crivella, filho do prefeito do Rio, Marcelo Crivella (PRB), não poderá ocupar o cargo de secretário da Casa Civil da capital fluminense. De acordo com liminar do ministro Marco Aurélio Mello, do Supremo Tribunal Federal, a indicação configura nepotismo. O filho do prefeito foi nomeado no último dia 1o. O caso agora segue para o plenário do Supremo, mas não há previsão de data para ser julgado. A defesa da prefeitura diz que “a Súmula Vinculante número 13 do STF não entende como nepotismo a indicação de parentes para ocupar cargos de confiança no primeiro escalão”.