Exame logo 55 anos
Remy Sharp
Acompanhe:

Pessoa pediu dinheiro para PMDB, diz executivo da Odebrecht

Segundo diretor superintendente da Odebrecht, o dono da UTC solicitou às empresas do consórcio Angramon uma contribuição para financiar campanha do partido

Modo escuro


	O Consórcio Angramon, vencedor da licitação para construção da Usina de Angra 3, é formado por empresas como UTC Engenharia, Odebrecht e Andrade Gutierrez
 (Eletronuclear/Divulgação)

O Consórcio Angramon, vencedor da licitação para construção da Usina de Angra 3, é formado por empresas como UTC Engenharia, Odebrecht e Andrade Gutierrez (Eletronuclear/Divulgação)

V
Valmar Hupsel Filho e Julia Affonso

Publicado em 29 de julho de 2015 às, 20h53.

São Paulo - O engenheiro Fábio Andreani Gandolfo, diretor superintendente da Odebrecht, confirmou à Polícia Federal nesta terça-feira, 28, que o empresário Ricardo Pessoa, dono da UTC Engenharia, solicitou às empresas que fazem parte do consórcio Angramon, vencedor da licitação para a construção da Usina de Angra 3, contribuição para a o financiamento de campanha para o PMDB.

O Consórcio Angramon é formado pelas empresas Camargo Correa, UTC Engenharia, Odebrecht, Andrade Gutierrez, Queiroz Galvão, Techin e EBE.

Ricardo Pessoa é apontado como líder do grupo de empresas acusadas formação de cartel para fraudar licitações junto à Petrobras e Eletronuclear.

Segundo Gandolfo, o pedido para que as empresas fizessem doações ao PMDB foi feito durante reunião em agosto de 2014.

"Também fora solicitado por Ricardo Ribeiro Pessoa que as empresas fizessem contribuição para o financiamento da campanha eleitoral do PMDB", afirmou em depoimento o engenheiro. Segundo ele, a Odebrecht foi contra a proposta.

O pedido de Pessoa para que empreiteiras fizessem doações ao PMDB já havia sido citado em delação premiada pelo empreiteiro Dalton Avancini, ex-presidente da Camargo Corrêa Construções e Participações.

No início de 2015, Avancini, revelou a existência de cartel nas contratações e pagamentos relativos às obras da usina Angra 3.

Foi a partir do depoimento dele que a força-tarefa da Lava Jato abriu uma nova frente de investigação, desta vez no setor elétrico.

Gandolfo foi um dos conduzidos coercitivamente pela Polícia Federal nesta terça-feira, 28, durante a 16ª fase da Operação Lava Jato.

Nesta fase, a força tarefa investiga o pagamento de propinas a agentes públicos ligados à Eletronuclear por empreiteiras já investigadas pelas mesma irregularidades em contratos com a Petrobras.

Na operação desta terça, duas pessoas foram presas temporariamente: o presidente da Eletronuclear, almirante reformado Othon Luiz Pinheiro da Silva, e o presidente da Andrade Gutierrez Energia, Flávio Barra.

Últimas Notícias

ver mais
Com 34,8ºC, SP registra novo recorde de temperatura máxima no ano; veja previsão para domingo
Brasil

Com 34,8ºC, SP registra novo recorde de temperatura máxima no ano; veja previsão para domingo

Há 12 horas
TJ-SP derruba liminar que determinava uso de câmera no uniforme de PMs da Operação Escudo
Brasil

TJ-SP derruba liminar que determinava uso de câmera no uniforme de PMs da Operação Escudo

Há 13 horas
Chuva no Rio Grande do Sul: nuvem 'engole' cidade gaúcha e dia vira 'noite'
Brasil

Chuva no Rio Grande do Sul: nuvem 'engole' cidade gaúcha e dia vira 'noite'

Há 13 horas
Rio e Niterói têm todas praias próprias para banho pela 1ª vez desde 2007
Brasil

Rio e Niterói têm todas praias próprias para banho pela 1ª vez desde 2007

Há 14 horas
icon

Branded contents

ver mais

Conteúdos de marca produzidos pelo time de EXAME Solutions

Exame.com

Acompanhe as últimas notícias e atualizações, aqui na Exame.

leia mais