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Os resultados das pesquisas não podem ser comparados, uma vez que cada instituto ou empresa adota uma metodologia própria (Leandro Fonseca/Divulgação Band/Reprodução redes sociais/Reprodução)
Repórter
Publicado em 15 de setembro de 2024 às 06h09.
Das cinco pesquisas eleitorais sobre a disputa para prefeito de São Paulo divulgadas entre esta quarta-feira, 11, e sexta-feira, 13, três delas têm o consenso de empate triplo entre Ricardo Nunes (MDB), Guilherme Boulos (PSOL) e Pablo Marçal (PRTB). Mas duas apontam cenários divergentes na disputa no primeiro turno, seja com o deputado federal do PSOL tecnicamente empatado com o influenciador do PRTB ou Boulos dividindo a primeira colocação com o atual prefeito e candidato à reeleição.
O primeiro levantamento da semana, realizado pelo instituto AtlasIntel, mostrou o psolista numericamente à frente dos adversários com 28% das intenções de voto contra 24,4% de Marçal, com quem está tecnicamente empatado pela margem de erro de dois pontos percentuais para mais ou para menos. Na sequência, Nunes aparece com 20,1%, empatado tecnicamente com Marçal no limite da margem de erro na segunda posição. Na Quaest, publicada na quarta, no mesmo dia da Atlas, trouxe o emedebista na frente com 24% das intenções de voto contra 23% do ex-coach e 21% de Boulos, num empate triplo na margem de erro de três pontos percentuais.
A Futura Inteligência/100% Cidades também apontou Nunes numericamente na dianteira com 26,% das intenções de voto, com Marçal registrando 22,8% e o deputado do PSOL, 22%, em mais um cenário de empate entre os três pelo primeiro lugar. Já a pesquisa Datafolha indicou o candidato à reeleição em primeiro, com 27%, seguido por Boulos com 25%, dessa vez um empate duplo pela margem de erro, com Marçal isolado na terceira posição com 19%. Mais próximos da Quaest e da Futura, os resultados do Paraná Pesquisas, por fim, também apontaram o prefeito do MDB com 25,1%, à frente de Boulos com 24,7% e dos 21% registrados pelo ex-coach, mas em empate técnico também.
Para entender quem subiu ou caiu nesses levantamentos, abaixo, você confere um resumo de cada uma das cinco pesquisas desta semana. Os resultados não podem ser comparados, uma vez que cada instituto ou empresa de pesquisa adota uma metodologia própria, o que leva a variações nos resultados. Os estudos também devem ser vistos como um "termômetro" que mede a temperatura das intenções de voto ou como "fotografias do momento", já que o cenário político-eleitoral sempre pode mudar entre a aplicação de uma pesquisa e o dia da votação.
Quem está na frente: numericamente Guilherme Boulos aparece em primeiro com 28% das intenções de voto na disputa pela prefeitura da cidade de São Paulo, seguido por Pablo Marçal com 24,4%. Segundo a margem de erro da pesquisa, que é de dois pontos percentuais para mais ou para menos, há um empate técnico entre os candidatos na liderança. Na sequência, Ricardo Nunes surge com 20,1%, empatado tecnicamente com Marçal no limite da margem de erro na segunda posição. A deputada federal Tabata Amaral (PSB) tem 10,7% na quarta posição, seguida pelo apresentador José Luiz Datena (PSDB), com 7,2%. Marina Helena (NOVO) tem 4,7%, enquanto Ricardo Senese aparece com 0,7%. Os demais candidatos não pontuaram. Indecisos são 1,7% dos entrevistados, enquanto quem afirma que vai votar branco ou nulo soma 2,5%.
Quem caiu e quem subiu nas pesquisas em SP: na comparação com o levantamento anterior, divulgado em 20 de agosto, Boulos teve uma oscilação e passou de 28,5% para 28%. Marçal apresentou um crescimento de 8,4 pontos percentuais, saindo de 16% para 24,4%, enquanto Nunes teve uma variação negativa de 1,9 ponto percentual. Tabata também teve uma oscilação negativa de dois pontos percentuais, dentro da margem de erro. Datena viu o seu percentual de votos cair 2,8 pontos percentuais em relação a última pesquisa.
Nos recortes demográficos, Boulos se destaca entre jovens, mulheres e eleitores com ensino superior completo, já Marçal tem apoio entre homens, de renda média e evangélicos, com força entre os eleitores na faixa de 25 a 34 anos. Nunes vai melhor entre os eleitores mais velhos e beneficiários do Bolsa Família.
Nas simulações de segundo turno, o atual prefeito vence o deputado federal por 45,7% a 38,5%. Na comparação com a pesquisa de agosto, Nunes cresceu 4,7 pontos percentuais e Boulos teve uma variação positiva dentro da margem de erro de 1,5 ponto percentual. O número de pessoas que afirmam que vão votar em branco, nulo ou não sabem caiu de 22% para 15,8%.
Nunes também vence Marçal por 48,2% a 29,2%, com 21,7 % das pessoas afirmando que votariam em branco ou nulo. Contra Tabata Amaral, o atual prefeito aparece empatado tecnicamente, com a deputada numericamente à frente, com 42% contra 40,4% de Nunes.
No enfrentamento entre Boulos e Marçal, a pesquisa mostra um empate técnico, com o deputado numericamente à frente, com 44,1% contra 43,2% do influenciador. Na disputa entre Tabata e Boulos, os dois deputados aparecem empatados, com 33,8% cada e 30,3% dos entrevistados afirmando que votam em branco ou nulo.
Cenários de 2º turno em SP
A pesquisa foi registrada no TSE como SP-01125/2024 e realizou 2200 entrevistas entre os dias 5 e 10 de setembro, por meio de Recrutamento Digital Aleatório (Atlas RDR). A margem de erro é de dois pontos percentuais para mais ou para menos e o nível de confiança do levantamento é de 95%.
Quem está na frente: no primeiro turno da Quaest, encomendada pela TV Globo, Nunes tem 24% das intenções de voto na disputa pela prefeitura de São Paulo, Marçal, 23%, e Boulos, 21%. Pela margem de erro, que é de três pontos percentuais para mais ou para menos, os três candidatos estão empatados na liderança. Datena aparece com aparece com 8%, mesmo percentual de Tabata Amaral e Marina Helena registra 2%. Os eleitores que declaram a intenção de votar em branco ou nulo são 8% e os indecisos são 5%.
Quem caiu e quem subiu nas pesquisas em SP: na comparação com o último levantamento do instituto, divulgado em 28 de agosto, Nunes subiu cinco pontos percentuais e assumiu a liderança. A recuperação do atual prefeito ocorre após o ínicio do horário eleitoral, onde o emedebista tem mais de 60% do tempo. O ex-coach teve uma alta de quatro pontos percentuais, enquanto Boulos, que liderava o último levantamento, teve uma oscilação negativa de um ponto percentual.
Do segundo pelotão da disputa, Datena perdeu quatro pontos percentuais e ficou empatado com Tabata, que manteve o mesmo percentual da pesquisa anterior.
Na simulação de segundo turno, Nunes vence de Boulos e Marçal. Caso a disputa seja entre o influenciador e o deputado, Boulos fica numericamente à frente, mas empatado na margem de erro com Marçal.
Nunes x Marçal
Nunes x Boulos
Boulos x Marçal
Segundo pesquisa espontânea, 49% dos eleitores ainda não sabem em quem votar. Marçal tem 15%, Boulos, 14%, e Nunes, 13%.
A pesquisa Quaest entrevistou presencialmente 1.200 eleitores de São Paulo entre 8 e 10 de setembro e foi registrada na Justiça Eleitoral sob o número 09089-SP/2024. A margem de erro máxima é de três pontos percentuais para mais ou menos, para um nível de confiança de 95%.
Quem está na frente: a pesquisa do instituto Futura Inteligência, em parceria com a empresa 100% Cidades aponta o atual prefeito na liderança pela prefeitura de São Paulo. Nunes tem 26,4% das intenções de voto, seguido por Marçal com 22,8% e Boulos, que aparece com 22%. Pela margem de erro do levantamento, que é de 3,1 pontos percentuais para mais ou para menos, os três estão tecnicamente empatados na disputa pelo primeiro lugar.
Tabata soma 7,2% das intenções de voto. Na sequência Datena que registra 5,8%, e Marina Helena com 1,5%. Tabata, Datena e Marina Helena formam o segundo pelotão da pesquisa, também em empate técnico. Os demais candidatos não somaram 1%.
Quem caiu e quem subiu nas pesquisas em SP: na comparação com a pesquisa anterior do instituto, realizada entre os dias 2 e 4 de setembro, Nunes oscilou positivamente 3 pontos percentuais, dentro da margem de erro, mas assumindo numericamente o primeiro lugar. Marçal, que na semana passada aparecia em primeiro com 26,2%, perdeu 3,4 pontos percentuais. Já Boulos oscilou positivamente dois pontos percentuais ao passar de 20,6% para 22%.
Datena oscilou negativamente três pontos e foi ultrapassado por Tabata, que saiu de 6,7% para 7,2%. As outras candidaturas não registraram variações significativas.
O instituto também realizou três simulações de segundo turno. O atual prefeito seria reeleito na disputa contra Marçal e Boulos. O candidato do PSOL aparece numericamente à frente do adversário do PRTB, mas tecnicamente empatado.
Cenário 1:
Cenário 2:
Cenário 3:
O instituto também consultou os eleitores sobre quem eles não votariam de jeito nenhum. Boulos segue como mais rejeitado com 40,9%, oscilando dois pontos para baixo na comparação com a pesquisa anterior. Marçal oscilou 3,1 positivo na rejeição, passando de 33,7% para 36,8%. O total dos que afirmam que não vão votar em Datena cresceu de 3,2 pontos percentuais, assim como a de Tabata que tinha 16,3% e agora foi para 19%. Ricardo Nunes oscilou de 13% para 15%.
A pesquisa foi registrada no TSE como SP-02298/2024 e realizou 1000 entrevistas entre os dias 9 e 11 de setembro, com uma margem de erro de 3,1 pontos percentuais e nível de confiança de 95%.
Quem está na frente: no Datafolha, Nunes tem 27% das intenções de voto para prefeitura de São Paulo, contra 25% de Boulos. De acordo com a margem de erro, os dois candidatos estão empatados tecnicamente na liderança. Marçal, que antes estava empatado na liderança com a dupla, está isolado na terceira posição com 19%. Na sequência, Tabata aparece com 8%, empatada tecnicamente com Datena com 6%. Marina Helena (NOVO) tem 3% e os demais candidatos não ultrapassaram 1% cada.
Quem caiu e quem subiu nas pesquisas em SP: na comparação com o levantamento anterior, Nunes cresceu cinco pontos percentuais, enquanto Boulos teve alta de dois pontos percentuais, dentro da margem de erro. Marçal, que tinha 22%, registrou oscilação negativa de três pontos.
A recuperação de Nunes acontece no momento que a propaganda eleitoral gratuita completa 12 dias no ar. O emedebista tem 65% do tempo de TV, enquanto Marçal, seu principal concorrente na direita, não tem direito a programa por regras eleitorais.
No levantamento espontâneo, quando o eleitor não é apresentado a nenhuma lista de candidatos, Boulos lidera com 20%, Marçal aparece com 14%, mesmo percentual de Nunes. O cenário mostra que 34% ainda estão indecisos sobre em quem votar em outubro.
O levantamento do Datafolha foi registrado no TSE como SP-07978/2024 e realizou 1.204 entrevistas entre os dias 10 e 11 de setembro. A margem de erro é de três pontos percentuais para mais ou para menos. O nível de confiança é de 95%.
Quem está na frente: Nunes tem 25,1% das intenções de voto, contra 24,7% de Boulos e 21% de Marçal, de acordo com novo levantamento do Paraná Pesquisas. Pela margem de erro da pesquisa que é de 2,6 pontos percentuais para mais ou para menos, Nunes, Boulos e Marçal estão tecnicamente empatados.
No segundo pelotão está Tabata com 7,9% das intenções de voto, seguida por Datena com 7,1%. Os dois também estão em empate técnico. Marina Helena aparece na sequência com 2,1%. Os demais candidatos não somaram 1%.
Quem caiu e quem subiu nas pesquisas em SP: na comparação com a pesquisa anterior do instituto, divulgada no último dia 6, Nunes oscilou dois pontos para cima ao passar de 23,9% para 25,1%. Boulos também oscilou um ponto positivo, passando de 23,9% para 24,7%.
Já Marçal não teve uma variação significativa, há uma semana o ex-coach tinha 21,3% e agora tem 21%. Datena oscilou para baixo, com menos um ponto aos 8,4% das intenções de voto que tinha. Numericamente o apresentador foi ultrapassado por Tabata que também aparece estagnada, saindo de 7,1% para 7,9%.
*Por causa de arredondamentos, a soma das porcentagens é de 100,2%, e não 100%.
Na pesquisa espontânea, quando o entrevistado não é apresentado a nenhuma lista com candidatos, Nunes aparece com 16,2%, um ponto acima do que tinha na pesquisa anterior.
Boulos registra 15,9, uma oscilação positiva de dois pontos. Marçal também segue estagnado na espontânea com 14,5%. O levantamento mostra que 38,8% dos eleitores ainda não definiram em quem vão votar no primeiro turno no dia 6 de outubro. O total mostra uma queda de cinco pontos percentuais em relação há uma semana, quando 43,1% disseram-se indecisos.
A pesquisa simulou três cenários de segundo turno. Nos dois em que é citado, o atual prefeito seria reeleito na disputa contra Boulos e Marçal.
Cenário 1:
Cenário 2:
Cenário 3:
No levantamento de rejeição, a Paraná Pesquisas mostra que Boulos, com 34,3%, e Marçal, com 32,5%, são os dois candidatos mais rejeitados pelo eleitor paulistano. O percentual do deputado do PSOL é semelhante ao da pesquisa anterior, enquanto o do ex-coach oscilou um ponto para cima. Datena, com 20,7%, aparece na sequência. O atual prefeito é rejeitado por 10%, uma queda de três pontos, e Tabata por 12,1%.
O levantamento do Paraná Pesquisas foi registrado no TSE como SP-00319/2024 e realizou 1.500 entrevistas presenciais entre os dias 9 e 12 de setembro. A margem de erro é de 2,6 pontos percentuais para mais ou para menos. O nível de confiança é de 95%.
1/10 (As Eleições Municipais 2024 ocorrerão em todo o país, excluindo-se o Distrito Federal e o arquipélago de Fernando de Noronha (PE))
2/10 (De 20 de julho a 5 de agosto, partidos e federações realizaram convenções partidárias e escolheram candidatas e candidatos aos cargos de prefeito, vice-prefeito e vereador)
3/10 (Os partidos tiveram até 15 de agosto para registrar as candidaturas)
4/10 (O início da propaganda eleitoral geral, após o prazo de registro de candidaturas, começou no dia 16 de agosto)
5/10 Vista aérea de pessoas esperando na fila para votar durante o dia das eleições gerais no CIEP Ayrton Senna ao lado da Favela da Rocinha em 2 de outubro de 2022 no Rio de Janeiro, Brasil. (A exibição da propaganda no horário eleitoral gratuito em rádio e TV vai de 30 de agosto a 3 de outubro. A contagem é feita considerando-se os 35 dias anteriores à antevéspera do 1º turno. Em municípios onde haverá 2º turno, a propaganda em rádio e TV ocorrerá de 11 a 25 de outubro.)
6/10 (A partir de 21 de setembro (15 dias antes do 1º turno), candidatas e candidatos não poderão ser presos, salvo no caso de flagrante delito.)
7/10 (Já eleitoras e eleitores não poderão ser presos a partir de 1º de outubro (5 dias antes do 1º turno), a não ser em caso de flagrante delito, em cumprimento de sentença judicial por crime inafiançável ou em razão de desrespeito a salvo-conduto.)
8/10 (O 1º turno do pleito está marcado para 6 de outubro; já o 2º turno será no dia 27 de outubro, caso necessário, em municípios com mais de 200 mil eleitoras e eleitores.)
9/10 Biometria: TSE afirmou que considera "aceitável" o volume de pessoas que tiveram problema (A votação será aberta a partir das 8h, considerando-se o horário de Brasília, com encerramento às 17h.)
10/10 urnas eletrônicas eleições (19 de dezembro é o último dia para a diplomação de eleitas e eleitos.)
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