Bolsonaro X Lula: a distância entre os dois é a menor em um ano. (Foto Bolsonaro: Bloomberg / Foto Lula: Europa Press News/Getty Images)
Gilson Garrett Jr
Publicado em 1 de junho de 2022 às 17h12.
Última atualização em 3 de junho de 2022 às 14h39.
O segundo turno da eleição presidencial está indefinido no maior colégio eleitoral do país, o Sudeste, segundo a pesquisa eleitoral EXAME/IDEIA divulgada no último dia 19 de maio. Em uma simulação da disputa, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) tem 44% das intenções de voto, contra 40% do presidente Jair Bolsonaro (PL).
Apesar do petista estar na frente, o cenário é considerado empate, por estar dentro da margem de erro dos estratos da pesquisa, que é de seis pontos percentuais para mais ou para menos.
A sondagem ouviu 1.500 pessoas entre os dias 14 e 19 de maio. As entrevistas foram feitas por telefone, com ligações tanto para fixos residenciais quanto para celulares. A margem de erro é de três pontos percentuais para mais ou para menos. A pesquisa foi registrada no Tribunal Superior Eleitoral com o número BR-01734/2022. A EXAME/IDEIA é um projeto que une EXAME e o IDEIA, instituto de pesquisa especializado em opinião pública. Leia o relatório completo.
Segundo dados do Tribunal Superior Eleitoral, o Sudeste é o maior colégio eleitoral do país. Nas eleições de 2020, a região concentrava 64.720.797 de eleitores, ou 42,99% dos aptos a votar em todo o país. A segunda maior região em número de eleitores é o Nordeste, com 40.654.818 (27,01% do total). O Sul conta com 14,47% dos eleitores, o que contabiliza 21.781.949 brasileiros. A região Norte tem 11.908.196 (7,91%) votantes. A região Centro-Oeste concentra o menor número de eleitores: 10.943.887 (7,27% do total).
Apesar de estar indefinido no Sudeste, a disputa entre Lula e Bolsonaro está com uma tendência mais definida em outras regiões. A maior diferença é no Nordeste, com 63% das intenções de voto contra 25%, em favor do petista. O atual presidente venceria Lula no Norte (57% a 31%), no Centro-Oeste (51% a 33%), e no Sul (48% a 37%).
Nos números gerais, o ex-presidente tem 46% das intenções de voto, e o presidente Bolsonaro, 39%. A distância entre os dois é de 7 pontos percentuais, a menor em um ano.
Na série histórica, considerando a simulação de segundo turno, Bolsonaro tinha vantagem sobre Lula até abril do ano passado, quando o petista ultrapassou o atual presidente na preferência dos eleitores. A maior distância entre os dois chegou a 17 pontos percentuais no fim do ano passado, mas desde então começou a diminuir.
A pesquisa EXAME/IDEIA testou cinco possíveis cenários de segundo turno. Lula venceria todas as disputas. Bolsonaro perderia apenas para Lula. No confronto com Ciro Gomes (PDT), o presidente tem 37%, e o pedetista, 39%. Apesar de ficar atrás do ex-governador do Ceará, o cenário é considerado empate, por estar dentro da margem de erro.
Em uma simulação de primeiro turno de forma estimulada, em que os nomes são apresentados previamente, Lula superou os 40% em janeiro deste ano e desde então oscilou dentro da margem de erro, ficando com 41% nesta pesquisa de 19 de maio. Bolsonaro passou de 24%, no começo do ano, para 32%. Ciro Gomes estava com sete pontos em janeiro, e agora tem 9% das intenções de voto.
Vale lembrar que, por conta da desistência de Sergio Moro (União Brasil) da corrida presidencial, a pesquisa não testou o nome dele na sondagem de abril e nesta, de maio. Sem o ex-juiz, tanto Lula quanto Bolsonaro receberam mais intenções de voto, sendo maior a proporção para o presidente.
Em um primeiro turno, Bolsonaro mantém a vantagem em relação a Lula, registrada na pesquisa de abril, nas regiões Norte (50% X 24%), Centro-Oeste (43% X 28%), e no Sul (40% X 34%). O petista tem a preferência dos eleitores nos maiores colégios eleitorais do país: Sudeste (37% a 33%), e no Nordeste (58% a 19%).
Por renda, o atual presidente venceria entre os mais ricos. Nas classes A e B, Bolsonaro aparece com 41% das intenções de voto, contra 34% de Lula. Nas classes D e E, o petista tem 45%, contra 24% do atual ocupante do Palácio do Planalto.
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