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Pesquisa eleições 2022: para 44%, Bolsonaro merece ser reeleito; metade dos eleitores diz que não

Números fazem parte da pesquisa eleitoral EXAME/IDEIA que ouviu 1.500 eleitores de todo o Brasil entre os dias 19 e 24 de agosto

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Jair Bolsonaro: presidente subiu nas intenções de voto. (Alan Santos/PR/Flickr)

Jair Bolsonaro: presidente subiu nas intenções de voto. (Alan Santos/PR/Flickr)

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Gilson Garrett Jr

Publicado em 27 de agosto de 2022 às, 08h30.

Última atualização em 27 de agosto de 2022 às, 08h45.

Em um mês, os brasileiros que acham que o presidente Jair Bolsonaro (PL) merece ser reeleito subiram de 41% para 44%. Os que acham que ele não merece mais uma chance no comando do poder Executivo diminuíram, na mesma proporção, de 53%, em julho, para 50% em agosto. Os dados são da pesquisa eleitoral EXAME/IDEIA divulgada na quinta-feira, 25.

Para a pesquisa, foram ouvidas 1.500 pessoas entre os dias 19 e 24 de agosto. As entrevistas foram feitas por telefone, com ligações tanto para fixos residenciais quanto para celulares. A sondagem foi registrada no TSE com o número BR-02405/2022. A EXAME/IDEIA é um projeto que une EXAME e o IDEIA, instituto de pesquisa especializado em opinião pública. Veja o relatório completo.

Apesar dos números terem oscilado dentro da margem de erro da pesquisa, que é de três pontos percentuais para mais ou para menos, há uma diminuição no sentimento negativo e um aumento do positivo. Na série histórica, no começo deste ano, 32% achavam que o presidente merecia ser reeleito, ante 64% que achavam que ele não merecia.

Mesmo com a queda dos que acham que o presidente não merece ser reeleito, essa faixa dos 50% é muito perigosa, na avaliação de Maurício Moura, fundador do IDEIA. " Nos históricos de outros pleitos, incluindo de outros países vizinhos, isso coloca-o em uma situação delicada de reeleição", diz.

(Arte/Exame)

Olhando também para a avaliação do trabalho de Bolsonaro como presidente, houve uma melhora, acima da margem de erro, se comparado com a pesquisa EXAME/IDEIA publicada em julho. Os que avaliavam o presidente como ótimo ou bom eram 29%, e agora são 34%. Aqueles que entendiam o trabalho de Bolsonaro como ruim ou péssimo caiu de 48% para 46%. Os que avaliam como regular são 19%, e há um mês eram 21%.

LEIA TAMBÉM: Em 4 meses, voto dos evangélicos em Bolsonaro foi de 61% para 53%; em Lula de 17% para 28%

“O saldo da avaliação do governo do Bolsonaro ainda é deficitário. E esse resultado tem impacto obviamente no potencial eleitoral dele. O teto de rejeição é maior do que o do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva [PT]. Dessa maneira, continuo acreditando que vai ganhar quem tiver uma rejeição menor”, diz Maurício Moura.

Impacto nas intenções de voto

A subida de alguns indicadores positivos do presidente Bolsonaro reflete nas intenções de voto. Ainda segundo a pesquisa EXAME/IDEIA, a distância entre o ex-presidente Lula e o presidente Bolsonaro no primeiro turno caiu de 11 para 8 pontos percentuais.

Em uma pergunta estimulada, com os nomes apresentados previamente, Lula tem 44% das intenções de voto, mesmo número registrado na pesquisa feita há um mês. Já Bolsonaro saiu de 33% para 36%. O aumento está no limite da margem de erro da pesquisa.

(Arte/Exame)

Na série histórica da pesquisa, a maior distância entre Lula e Bolsonaro no primeiro turno foi registrada em janeiro deste ano, quando estava em 17 pontos. O petista conseguiu crescer neste período, de 41% em janeiro, para os 44% agora. Bolsonaro, candidato à reeleição, também cresceu, mas em um salto maior, de 12 pontos percentuais - saiu de 24% no começo do ano.

Ainda na simulação de primeiro turno, Ciro Gomes (PDT) aparece com 9%, e Simone Tebet (MDB), 4%. Os demais candidatos fizeram 1% ou não pontuam. Brancos e Nulos somam 2%, e aqueles eleitores que dizem que não sabem são 3%.

LEIA TAMBÉM: Lula mobiliza militância e repercute mais do que Bolsonaro nas redes

Bolsonaro vira no Sudeste

Outro dado que ajuda a explicar esses índices do candidato à reeleição são os números do Sudeste. De acordo com a sondagem, Bolsonaro tem 46% das intenções de voto, contra 34% do petista, entre os moradores da região. É a primeira vez em mais de um ano que o atual ocupante do Palácio do Planalto ultrapassa Lula no Sudeste.

A distância entre os dois se mantinha estável, sempre dentro do limite da margem de erro da pesquisa, que é de três pontos percentuais para mais ou para menos. Em relação à sondagem de julho, o atual presidente cresceu oito pontos percentuais.

(Arte/Exame)

Na avaliação de Maurício Moura, esse crescimento de Bolsonaro na região Sudeste se deve a uma acomodação do sentimento antipetista diante da aproximação do dia da eleição (2 de outubro). Para ele, mesmo assim, o cenário ainda é considerado equilibrado e pode mudar conforme a campanha avançar.

Nas demais regiões, Bolsonaro tem vantagem sobre Lula apenas no Norte (51% X 34%). O petista lidera o pleito em uma sondagem de primeiro turno no Sul (42% X 35%), no Centro-Oeste (46% X 29%), e no Nordeste (62% X 11%).

Veja como foram as últimas pesquisas eleitorais de 2022:

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