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Pesquisa aponta que 6% deixam de usar carro em SP

A maioria desses ex-motoristas migrou para o sistema de ônibus, segundo o estudo

Trânsito em SP: para 45% dos paulistanos, o trânsito "é a principal razão de estresse na cidade" (Oswaldo Corneti/ Fotos Públicas)
DR

Da Redação

Publicado em 9 de outubro de 2014 às 17h50.

São Paulo - Uma pesquisa telefônica realizada na cidade de São Paulo e divulgada nesta quinta-feira, 09, mostra que 6% dos paulistanos deixaram de usar carro particular em detrimento de outros meios de transporte nos últimos dois anos.

De acordo com o levantamento do Instituto de Pesquisas Sociais, Políticas e Econômicas (Ipespe), feito entre 3 e 4 de julho com 600 pessoas, a maioria desses ex-motoristas migrou para o sistema de ônibus.

Nesse conjunto, estão 67% dos antigos usuários de automóveis. Em seguida, aparece o metrô, para onde se encaminharam 65% dos entrevistados após abandonar o carro próprio.

A dobradinha de viagens entre ônibus e metrô passou a ser praticada por 18% das pessoas que deixaram o automóvel. Por sua vez, 16% delas começaram a andar a pé em vez de carro e 5%, de bicicleta. Os táxis começaram a ser a opção para 4% e as caronas, para 3%.

Entre as pessoas que deixaram de lado o automóvel nos últimos dois anos, 17% têm renda familiar de até um salário mínimo e 8%, superior a dez salários mínimos. E 8% também haviam completado o ensino fundamental e outros 8% tinham até a quarta série do ensino fundamental.

A pesquisa foi encomendada para o lançamento da terceira edição do guia "Como Viver em São Paulo Sem Carro", da editora Santa Clara Ideias. A publicação, idealizada pelo empresário Alexandre Lafer Frankel e editada pelo jornalista Leão Serva, tem por objetivo "monitorar a mudança do hábito dos moradores da capital" em relação aos meios de transportes e também "incentivar as pessoas a deixarem os carros na garagem".

Entre as pessoas que pararam de usar carro em seu cotidiano, 30% se desfizeram do automóvel até dois anos depois da mudança de modal de transporte. De acordo com os organizadores do livro, já é possível sentir mudanças no comportamento das pessoas na capital paulista, que "pode estar associada diretamente ao aumento de ciclovias na cidade" e às faixas exclusivas para ônibus.

Avaliação

Para 45% dos paulistanos, o trânsito "é a principal razão de estresse na cidade". Além disso, 64% das pessoas acham que o transporte público na capital paulista "não melhorou nada" mesmo depois dos protestos de junho do ano passado, cujo estopim foi o preço e a qualidade dos meios públicos de mobilidade urbana.

Entre os diferentes tipos de meio de transporte disponíveis na cidade, o metrô tem nota média de 6,5, segundo a pesquisa. Já o serviço de ônibus tem média de 5,2 e o táxi, 6,9, a mesma nota obtida pelas bicicletas.

Carona

O Ipespe também questionou as pessoas a respeito do uso da carona, apontada por muitos especialistas como um meio de ajudar a diminuir os índices de lentidão das grandes cidades. De acordo com o levantamento, 78% dos paulistanos não costumam pegar carona, ao passo que 10% informaram fazer uso desse meio de transporte -- outros 12% vão de carona às vezes ou raramente.

De acordo com o instituto, a pesquisa tem um "intervalo de confiança de 95,5%" e margem de erro de 4,1 pontos porcentuais.

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São Paulo - Uma pesquisa telefônica realizada na cidade de São Paulo e divulgada nesta quinta-feira, 09, mostra que 6% dos paulistanos deixaram de usar carro particular em detrimento de outros meios de transporte nos últimos dois anos.

De acordo com o levantamento do Instituto de Pesquisas Sociais, Políticas e Econômicas (Ipespe), feito entre 3 e 4 de julho com 600 pessoas, a maioria desses ex-motoristas migrou para o sistema de ônibus.

Nesse conjunto, estão 67% dos antigos usuários de automóveis. Em seguida, aparece o metrô, para onde se encaminharam 65% dos entrevistados após abandonar o carro próprio.

A dobradinha de viagens entre ônibus e metrô passou a ser praticada por 18% das pessoas que deixaram o automóvel. Por sua vez, 16% delas começaram a andar a pé em vez de carro e 5%, de bicicleta. Os táxis começaram a ser a opção para 4% e as caronas, para 3%.

Entre as pessoas que deixaram de lado o automóvel nos últimos dois anos, 17% têm renda familiar de até um salário mínimo e 8%, superior a dez salários mínimos. E 8% também haviam completado o ensino fundamental e outros 8% tinham até a quarta série do ensino fundamental.

A pesquisa foi encomendada para o lançamento da terceira edição do guia "Como Viver em São Paulo Sem Carro", da editora Santa Clara Ideias. A publicação, idealizada pelo empresário Alexandre Lafer Frankel e editada pelo jornalista Leão Serva, tem por objetivo "monitorar a mudança do hábito dos moradores da capital" em relação aos meios de transportes e também "incentivar as pessoas a deixarem os carros na garagem".

Entre as pessoas que pararam de usar carro em seu cotidiano, 30% se desfizeram do automóvel até dois anos depois da mudança de modal de transporte. De acordo com os organizadores do livro, já é possível sentir mudanças no comportamento das pessoas na capital paulista, que "pode estar associada diretamente ao aumento de ciclovias na cidade" e às faixas exclusivas para ônibus.

Avaliação

Para 45% dos paulistanos, o trânsito "é a principal razão de estresse na cidade". Além disso, 64% das pessoas acham que o transporte público na capital paulista "não melhorou nada" mesmo depois dos protestos de junho do ano passado, cujo estopim foi o preço e a qualidade dos meios públicos de mobilidade urbana.

Entre os diferentes tipos de meio de transporte disponíveis na cidade, o metrô tem nota média de 6,5, segundo a pesquisa. Já o serviço de ônibus tem média de 5,2 e o táxi, 6,9, a mesma nota obtida pelas bicicletas.

Carona

O Ipespe também questionou as pessoas a respeito do uso da carona, apontada por muitos especialistas como um meio de ajudar a diminuir os índices de lentidão das grandes cidades. De acordo com o levantamento, 78% dos paulistanos não costumam pegar carona, ao passo que 10% informaram fazer uso desse meio de transporte -- outros 12% vão de carona às vezes ou raramente.

De acordo com o instituto, a pesquisa tem um "intervalo de confiança de 95,5%" e margem de erro de 4,1 pontos porcentuais.

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