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Perto de colapso em UTIs, DF terá lockdown total a partir deste sábado

A decisão foi tomada após a ocupação dos leitos de Unidade de Terapia Intensiva específicos para pacientes com a covid-19 beirar o limite

 (Breno Esaki/Agência Saúde/Divulgação)

(Breno Esaki/Agência Saúde/Divulgação)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 26 de fevereiro de 2021 às 19h33.

O governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB), determinou o fechamento de todos os serviços não essenciais a partir da 0h deste sábado, 27, para conter o avanço do novo coronavírus.

A medida é mais rigorosa do que a anunciada na quinta, de lockdown apenas entre 20h e 5h a partir da próxima segunda.

A decisão foi tomada após a ocupação dos leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) específicos para pacientes com a covid-19 beirar o limite. O índice estava em 98% no fim da tarde desta sexta.

O governo prepara um decreto com detalhes sobre a nova medida preventiva. A expectativa inicial, de lockdown noturno, duraria pelo menos 14 dias, segundo Ibaneis.

Nesta sexta, o governador esteve em Samambaia, cidade satélite do DF, para anunciar a abertura de sete novos leitos. Ele prometeu mais 60 no Hospital de Campanha de Ceilândia (20) e no Hospital Regional de Santa Maria (40).

O governador foi o primeiro entre os 27 do país a adotar medidas de isolamento para restringir a circulação de pessoas. Antes mesmo da confirmação do primeiro caso da doença no Distrito Federal, Ibaneis decretou emergência, no dia 28 de fevereiro. No dia 11 de março, suspendeu aulas e proibiu eventos.

Em junho, porém, o governador mudou radicalmente de postura e antecipou, em entrevista ao Estadão, que faria ampla reabertura de serviços. À época ele disse que "restrições" já não serviam para nada, pois havia se esgotado o "limite" da população. "(A covid-19) Vai ser tratada como uma gripe, como isso deveria ter sido tratado desde o início."

Em dezembro, o governador promoveu uma confraternização em sua casa em Brasília, com a presença do cantor sertanejo Zezé Di Camargo e o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello. Em plena pandemia, os três posaram para fotos, sem máscara.

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