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Peritos da PF exumam ossada que seria de militante

Sua família tenta comprovar que o cadáver é do militante da Aliança Libertadora Nacional (ALN), Alex Xavier Pereira, desaparecido em janeiro de 1972, aos 22 anos

Alex Xavier Pereira: morte do militante não foi admitida pelo governo militar e ele continuou sendo processado por atos contra a ditadura até 1979, quando foi aprovada a Lei de Anistia. (Tânia Rêgo/ABr)
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Da Redação

Publicado em 9 de abril de 2013 às 19h40.

Rio de Janeiro - Peritos da Polícia Federal exumaram nesta terça-feira, no Cemitério de Inhaúma, na zona norte do Rio, uma ossada que seria de Alex Xavier Pereira. Sua família tenta comprovar que o cadáver é do militante da Aliança Libertadora Nacional (ALN) desaparecido em 20 de janeiro de 1972, aos 22 anos.

Hoje, sabe-se que ele estava com um colega militante trafegando pela Avenida República do Líbano, na zona sul de São Paulo, quando foi morto a tiros por policiais da equipe B do Destacamento de Operações de Informações, do Centro de Operações de Defesa Interna (DOI-Codi). Mas sua morte não foi admitida pelo governo militar , tanto que ele continuou sendo processado por atos contra a ditadura até 1979, quando foi aprovada a Lei de Anistia.

Um irmão de Alex, o também militante Iuri Xavier Pereira, foi morto 146 dias depois, em 14 de junho de 1972, durante um suposto tiroteio na porta de um restaurante em São Paulo. Como os dois corpos desapareceram, a família passou a procurá-los em cemitérios. Em 1973, um tio de Alex e Iuri localizou o corpo de Iuri no Cemitério Dom Bosco, em Perus, na zona norte de São Paulo. Ele havia sido enterrado com o nome verdadeiro. O irmão não constava da lista de enterrados, mas a família suspeitou que um homem enterrado como João Maria de Freitas pudesse ser Alex. Em 1979, a família pediu a transferência dos cadáveres para o túmulo da família, em Inhaúma, no Rio, o que foi feito em 1980.

Quando eles foram exumados, verificou-se que as características físicas não correspondiam. No local onde o corpo de Alex estaria enterrado, havia o cadáver de uma mulher. Foram abertas outras sepulturas até se chegar a corpos com características condizentes com os irmãos, e os cadáveres foram transferidos para o Rio. "Em 1996, os corpos foram exumados e submetidos a exames", conta Iara Xavier Pereira, irmã das vítimas. "O Iuri foi identificado oficialmente por DNA, mas o corpo de Alex estava em piores condições e não respondeu à tecnologia da época", conta. Por isso a família, pediu nova exumação e exames, procedimento iniciado nesta terça-feira. "Os peritos não deram previsão para a conclusão dos exames. Isso vai depender de como os restos mortais vão reagir à tecnologia atual", diz Iara. A exumação foi acompanhada pelo procurador da República Sérgio Suiama. Para o Ministério Público Federal (MPF), eventuais identificados como responsáveis pela morte dos militantes podem ser processados criminalmente.

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Rio de Janeiro - Peritos da Polícia Federal exumaram nesta terça-feira, no Cemitério de Inhaúma, na zona norte do Rio, uma ossada que seria de Alex Xavier Pereira. Sua família tenta comprovar que o cadáver é do militante da Aliança Libertadora Nacional (ALN) desaparecido em 20 de janeiro de 1972, aos 22 anos.

Hoje, sabe-se que ele estava com um colega militante trafegando pela Avenida República do Líbano, na zona sul de São Paulo, quando foi morto a tiros por policiais da equipe B do Destacamento de Operações de Informações, do Centro de Operações de Defesa Interna (DOI-Codi). Mas sua morte não foi admitida pelo governo militar , tanto que ele continuou sendo processado por atos contra a ditadura até 1979, quando foi aprovada a Lei de Anistia.

Um irmão de Alex, o também militante Iuri Xavier Pereira, foi morto 146 dias depois, em 14 de junho de 1972, durante um suposto tiroteio na porta de um restaurante em São Paulo. Como os dois corpos desapareceram, a família passou a procurá-los em cemitérios. Em 1973, um tio de Alex e Iuri localizou o corpo de Iuri no Cemitério Dom Bosco, em Perus, na zona norte de São Paulo. Ele havia sido enterrado com o nome verdadeiro. O irmão não constava da lista de enterrados, mas a família suspeitou que um homem enterrado como João Maria de Freitas pudesse ser Alex. Em 1979, a família pediu a transferência dos cadáveres para o túmulo da família, em Inhaúma, no Rio, o que foi feito em 1980.

Quando eles foram exumados, verificou-se que as características físicas não correspondiam. No local onde o corpo de Alex estaria enterrado, havia o cadáver de uma mulher. Foram abertas outras sepulturas até se chegar a corpos com características condizentes com os irmãos, e os cadáveres foram transferidos para o Rio. "Em 1996, os corpos foram exumados e submetidos a exames", conta Iara Xavier Pereira, irmã das vítimas. "O Iuri foi identificado oficialmente por DNA, mas o corpo de Alex estava em piores condições e não respondeu à tecnologia da época", conta. Por isso a família, pediu nova exumação e exames, procedimento iniciado nesta terça-feira. "Os peritos não deram previsão para a conclusão dos exames. Isso vai depender de como os restos mortais vão reagir à tecnologia atual", diz Iara. A exumação foi acompanhada pelo procurador da República Sérgio Suiama. Para o Ministério Público Federal (MPF), eventuais identificados como responsáveis pela morte dos militantes podem ser processados criminalmente.

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