Manifestantes sendo presos: de acordo com a Polícia Militar do DF, cinco pessoas foram presas - uma das quais, segundo a corporação, tem passagem pela polícia por roubo, porte ilegal de arma e cumpre prisão domiciliar (Agência Brasil)
Da Redação
Publicado em 6 de setembro de 2013 às 13h45.
Brasília - Manifestantes e policiais entraram em conflito na manhã de hoje (6) em Brasília devido a protestos ocorridos nos principais acessos do entorno do Distrito Federal.
De acordo com a Polícia Militar (PM) do DF, cinco pessoas foram presas - uma das quais, segundo a corporação, tem passagem pela polícia por roubo, porte ilegal de arma e cumpre prisão domiciliar. Ainda não há informações sobre em quais delegacias os manifestantes estão detidos.
A assessoria de imprensa da Organização de Comunicação Universitária Popular (Ocup), que articulou os protestos de hoje, informou que há seis presos e três feridos sendo atendidos no Hospital Regional do Guará. Segundo a Secretaria de Saúde do DF, ainda não há registro de entradas de manifestantes atingidos.
Os manifestantes reclamam que a polícia usou de extrema violência, com cassetetes, spray de pimenta, gás lacrimogêneo e cães. A polícia alegou que as armas de efeito moral foram usadas para dispersar os manifestantes e liberar as pistas. Segundo a PM, havia pessoas encapuzadas, que foram abordadas para identificação.
A estimativa da Ocup é a de que cerca de 300 pessoas tenham participado dos movimentos em cada um dos pontos de bloqueio, em que foram queimados galhos e pneus. A PM informou à Agência Brasil que participaram dos protestos aproximadamente 250 pessoas.
A pauta de reivindicações do grupo inclui construção de moradias, auditoria da Agência de Desenvolvimento do Distrito Federal (Terracap), melhoria dos transportes públicos, fim da Agência de Fiscalização do Distrito Federal (Agefis), desmilitarização da PM e contra a criação do aterro sanitário de Samambaia.
Outro alvo de reclamações dos manifestantes é a prioridade do governo para os gastos em obras para a Copa do Mundo, em detrimento dos investimentos públicos em transporte, saúde e educação.