PEC do Teto deve ter votação maior que do impeachment, diz Jucá
"Amanhã esperamos votar no primeiro turno uma PEC que é fundamental para dar o primeiro exemplo efetivo do governo na questão do ajuste fiscal", afirmou
Estadão Conteúdo
Publicado em 28 de novembro de 2016 às 18h38.
Última atualização em 28 de novembro de 2016 às 18h38.
Brasília, 28 - O líder do governo no Congresso, senador Romero Jucá , disse na tarde desta segunda-feira, 28, após reunião com o presidente Michel Temer, que "está tudo pronto para votação da PEC do teto ".
"Nós cumprimos o acordo com a oposição, o cronograma de debates e amanhã esperamos votar no primeiro turno uma PEC que é fundamental para dar o primeiro passo, e o primeiro exemplo efetivo do governo na questão do ajuste fiscal", afirmou.
"Esperamos uma votação maior do que a do impeachment. Minha conta é entre 62 e 65 votos", disse, em referência ao placar que afastou Dilma Rousseff no Senado em agosto - com 61 votos.
Segundo o senador, o governo poderia ter optado por discursos "dos governos anteriores" como, por exemplo, a recriação da CPMF. "Nós preferimos deixar de criar impostos e cortar gastos", disse.
Questionado sobre o impacto da saída do ministro Geddel Vieira Lima da Secretaria de governo na votação de amanhã, Jucá afirmou que "o Senado não tinha por que se abalar com essa questão".
E minimizou a eventual pressão dos partidos oposicionistas. "A oposição está dizendo que o clima está frio ou quente. Se estiver quente a gente bota um ar-condicionado, se frio a gente põe aquecedor. O clima está pronto".
Jucá disse ainda que a expectativa é que o segundo turno da PEC aconteça no dia 13 de dezembro e a promulgação no dia 15 de dezembro, encerrando os trabalhos legislativos. "Temos um grande cronograma de votações que vamos realizar até o dia 15."
Previdência
Jucá disse ainda que a data de envio da Reforma da Previdência não está definida e que o presidente Michel Temer ainda conversará com as centrais sindicais. "Defendemos que possa ser enviada entre os dois turnos (da PEC)", disse, ressaltando que é importante "apressar o passo" para a reforma seguir para o Congresso.