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PCC e Sindicato RN iniciam novo confronto no presídio de Alcaçuz

Prisão de Alcaçuz, no Rio Grande do Norte, foi palco de um massacre durante rebelião entre detentos no último sábado

Detentos carregam corpos após rebelião no o presídio de Alcaçuz em Natal (RN) em 15/01/2017 (Josemar Goncalves/Reuters)

Detentos carregam corpos após rebelião no o presídio de Alcaçuz em Natal (RN) em 15/01/2017 (Josemar Goncalves/Reuters)

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Reuters

Publicado em 17 de janeiro de 2017 às 12h32.

Última atualização em 17 de janeiro de 2017 às 14h56.

Detentos do presídio de Alcaçuz, na grande Natal, voltaram a se rebelar nesta terça-feira como parte de uma briga entre facções criminosas que já deixou ao menos 26 mortos, e uma fonte das forças de segurança do Rio Grande do Norte disse que a polícia recorreu a bombas de gás para evitar que membros de um grupo atacasse presos rivais.

No terceiro dia seguido de instabilidade no presídio, imagens de TV ao vivo mostravam detentos circulavam livremente pelo pátio e por telhados de pavilhões da unidade com pedaços de pau e pedras, além de facas.

De acordo com a Polícia Militar do Rio Grande do Norte, homens do batalhão de choque e do Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope) estão agindo dentro do presídio para conter a rebelião. Imagens de TV, no entanto, não registram a presença das forças de segurança.

Uma fonte das forças de segurança disse por telefone, sob condição de anonimato, que a polícia estava agindo em um ponto determinado do presídio tentando conter membros da facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC) que tentavam invadir uma área dominada por um grupo rival.

"O choque e o Bope estão nesse momento segurando o pessoal a base de gás e bombas", disse a fonte por telefone.

O governo do Rio Grande do Norte chegou a anunciar na segunda-feira que a situação no presídio havia sido controlada após a entrada da polícia, mas presos voltaram a caminhar pelo pátio e por telhados da unidade nesta terça.

A polícia potiguar transferiu na segunda cinco presos que pertenceriam ao PCC sob suspeita de terem liderado o motim.

O governador do Rio Grande do Norte, Robinson Faria, disse que as mortes em Alcaçuz foram uma vingança do PCC por um ataque sofrido por membros da facção em um presídio de Manaus no início do ano, em que 60 pessoas foram mortas.

"É uma vingança pelo caso do Amazonas, que aconteceu infelizmente no meu Estado", afirmou o governador a repórteres em Brasília após reunião com o ministro da Justiça, Alexandre de Moraes, pare pedir o reforço de homens da Força Nacional de Segurança.

A violência no presídio de Alcaçuz teve início no sábado e já deixou ao menos 26 mortos, aumentando o caos no superlotado sistema penitenciário do país. Mais de 130 pessoas já morreram em brigas entre facções criminosas desde o início do ano em prisões do país.

De acordo com autoridades do Estado do Rio Grande do Norte, o motim do fim de semana começou quando membros do PCC invadiram um pavilhão onde rivais descansavam. Como em rebeliões anteriores neste ano em outros Estados, alguns detentos foram decapitados e alguns corpos podem ter sido parcialmente queimados, de acordo com fontes área de segurança do Estado.

Por trás do derramamento de sangue nas prisões do país está uma disputa crescente entre algumas das mais poderosas facções criminosas pelo tráfico de drogas.

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