Patrus evita choque com Katia Abreu em questão de latifúndio
O ministro do Desenvolvimento Agrário afirmou que prefere trabalhar com o "conceito de que nós temos no Brasil grandes propriedades"
Da Redação
Publicado em 6 de janeiro de 2015 às 15h08.
Brasília - Em sua primeira coletiva de imprensa após tomar posse no Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA), o ministro Patrus Ananias recuou do confronto indireto que havia assumido em seu discurso de posse contra a ministra da Agricultura , Kátia Abreu.
Ela afirmou ao jornal Folha de S. Paulo que o "latifúndio não existe mais" no Brasil.
Já Patrus defendeu em seu discurso de posse que o direito social da terra é base para a reforma agrária.
Ao ser questionado se a declaração no discurso havia sido uma resposta à ministra, Patrus recuou.
"Essa é uma questão técnica. Uma questão de verificar inclusive a questão dos módulos rurais, que estabelece a pequena e a média propriedade", disse.
O ministro afirmou que prefere trabalhar com o "conceito de que nós temos no Brasil grandes propriedades".
Segundo ele, "grande parte, talvez maioria (dessas propriedades), estão sendo exploradas" e, portanto, não são latifúndios.
Apesar de evitar o choque com Kátia, Patrus considerou que "existem também terras improdutivas" no país e que estas devem ser alvo da reforma agrária.
"Eu penso que devemos estabelecer o princípio da função social da propriedade para nelas implantar corretamente, democraticamente, de acordo com a lei, as famílias e os trabalhadores que não têm terra", afirmou.
Em seu discurso de posse, duas horas antes da coletiva, Patrus defendeu a reforma como cumprimento constitucional do direito à terra.
"O direito de propriedade não pode ser incontrastável, inquestionável, que prevalece sobre os demais direitos e sobre o projeto de realização das possibilidades nacionais", afirmou.
Brasília - Em sua primeira coletiva de imprensa após tomar posse no Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA), o ministro Patrus Ananias recuou do confronto indireto que havia assumido em seu discurso de posse contra a ministra da Agricultura , Kátia Abreu.
Ela afirmou ao jornal Folha de S. Paulo que o "latifúndio não existe mais" no Brasil.
Já Patrus defendeu em seu discurso de posse que o direito social da terra é base para a reforma agrária.
Ao ser questionado se a declaração no discurso havia sido uma resposta à ministra, Patrus recuou.
"Essa é uma questão técnica. Uma questão de verificar inclusive a questão dos módulos rurais, que estabelece a pequena e a média propriedade", disse.
O ministro afirmou que prefere trabalhar com o "conceito de que nós temos no Brasil grandes propriedades".
Segundo ele, "grande parte, talvez maioria (dessas propriedades), estão sendo exploradas" e, portanto, não são latifúndios.
Apesar de evitar o choque com Kátia, Patrus considerou que "existem também terras improdutivas" no país e que estas devem ser alvo da reforma agrária.
"Eu penso que devemos estabelecer o princípio da função social da propriedade para nelas implantar corretamente, democraticamente, de acordo com a lei, as famílias e os trabalhadores que não têm terra", afirmou.
Em seu discurso de posse, duas horas antes da coletiva, Patrus defendeu a reforma como cumprimento constitucional do direito à terra.
"O direito de propriedade não pode ser incontrastável, inquestionável, que prevalece sobre os demais direitos e sobre o projeto de realização das possibilidades nacionais", afirmou.