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Para jornal espanhol, Dilma diz que acata sentenças do STF

'El País' publicou neste domingo a entrevista realizada em 12 de novembro, quando foi anunciada a condenação do ex-ministro da Casa Civil, José Dirceu

Dilma Rousseff: presidente participa na Espanha da 22ª Cúpula Ibero-Americana (Roberto Stuckert Filho/PR)
DR

Da Redação

Publicado em 18 de novembro de 2012 às 13h37.

Madri, 18 nov (EFE).- A presidente Dilma Rousseff afirmou que 'acata' as sentenças do Supremo Tribunal Federal no julgamento do mensalão, mas considerou que isto não significa 'que ninguém neste mundo de Deus esteja acima dos erros e das paixões humanas'.

A declaração foi dada em entrevista ao jornal 'El País', publicada hoje e realizada no último dia 12 de novembro, quando foi anunciada a condenação do ex-ministro da Casa Civil, José Dirceu.

'Como presidente da República não posso manifestar-me sobre as decisões do Supremo Tribunal Federal. Acato suas sentenças, não as discuto', disse Dilma, que se mostrou a favor de combate à corrupção, não só por uma questão ética, 'mas por um critério político'.

Durante a entrevista, a presidente revisou as últimas conquistas do país e destacou que durante sua estadia na prisão nos anos 1970 compreendeu que o regime militar não sobreviveria porque 'não podia deter, torturar e matar toda a juventude'.

Além disso, considerou que talvez o que diferencia o Brasil dos demais países da América Latina é que os brasileiros 'tivemos uma fé sem restrições no valor da democracia e isso fez com que o processo resultasse menos duro'.

Também declarou que as políticas de ajuste por si próprias não resolvem nada, mas sim investimento e estímulos ao crescimento, e por isso considerou que as políticas que estão sendo aplicadas na Europa 'levarão a uma recessão brutal'.

Ainda sobre a crise europeia, Dilma opinou que o euro é um projeto inacabado e na realidade hoje não é uma moeda única.

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Madri, 18 nov (EFE).- A presidente Dilma Rousseff afirmou que 'acata' as sentenças do Supremo Tribunal Federal no julgamento do mensalão, mas considerou que isto não significa 'que ninguém neste mundo de Deus esteja acima dos erros e das paixões humanas'.

A declaração foi dada em entrevista ao jornal 'El País', publicada hoje e realizada no último dia 12 de novembro, quando foi anunciada a condenação do ex-ministro da Casa Civil, José Dirceu.

'Como presidente da República não posso manifestar-me sobre as decisões do Supremo Tribunal Federal. Acato suas sentenças, não as discuto', disse Dilma, que se mostrou a favor de combate à corrupção, não só por uma questão ética, 'mas por um critério político'.

Durante a entrevista, a presidente revisou as últimas conquistas do país e destacou que durante sua estadia na prisão nos anos 1970 compreendeu que o regime militar não sobreviveria porque 'não podia deter, torturar e matar toda a juventude'.

Além disso, considerou que talvez o que diferencia o Brasil dos demais países da América Latina é que os brasileiros 'tivemos uma fé sem restrições no valor da democracia e isso fez com que o processo resultasse menos duro'.

Também declarou que as políticas de ajuste por si próprias não resolvem nada, mas sim investimento e estímulos ao crescimento, e por isso considerou que as políticas que estão sendo aplicadas na Europa 'levarão a uma recessão brutal'.

Ainda sobre a crise europeia, Dilma opinou que o euro é um projeto inacabado e na realidade hoje não é uma moeda única.

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