Pacheco vê com 'naturalidade' troca nos comandos das Forças Armadas
Presidente do Senado diz não fazer nenhum tipo de “especulação” sobre o motivo para as mudanças que não seja o aprimoramento do governo
Alessandra Azevedo
Publicado em 30 de março de 2021 às 16h54.
O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), afirmou nesta terça-feira, 30, que vê as trocas nos comandos das Forças Armadas com “naturalidade”. Em entrevista coletiva, ele disse que não faz nenhum tipo de “especulação” sobre o motivo para as mudanças que não seja o aprimoramento do governo.
“Eu não consigo antever o que é a intenção exata do presidente da República. A minha obrigação como presidente do Senado é acreditar e confiar que se trata de uma troca ministerial dentro dos limites da prerrogativa do presidente da República em fazer substituições", disse Pacheco.
O presidente Jair Bolsonaro anunciou nesta segunda-feira trocas em seis ministérios, entre eles, o da Defesa. Assume o ministro Braga Netto, no lugar de Fernando Azevedo e Silva. Mais cedo, nesta terça, com a saída de Azevedo, a pasta anunciou que os comandantes do Exército, Edson Leal Pujol, da Marinha, Ilques Barbosa Júnior, e da Aeronáutica, Antônio Carlos Moretti Bermudez, também serão substituídos.
“É prerrogativa do presidente escolher os nomes que lá estarão”, disse Pacheco. "Não me permito fazer nenhum tipo de especulação sobre uma motivação que não seja a do aprimoramento do governo, na busca de se ter uma melhor relação e maior produtividade por parte do governo. Essa é a nossa crença e nossa confiança”, reforçou.
Pacheco ressaltou que as Forças Armadas tem compromisso constitucional de não promover a guerra, mas de preservar e garantir a paz. "E é esse o compromisso das nossas Forças Armadas: defesa da Constituição, do Estado Democrático de Direito. Nós temos plena e absoluta confiança nisso”, disse.
O foco do Congresso, segundo Pacheco, continua sendo o combate à pandemia. “Não nos permitamos que fatos paralelos possam estabelecer uma cortina de fumaça em relação ao nosso grande problema nacional de hoje, que é a pandemia”, afirmou. “Repito e insisto: esse deve ser nosso foco nacional sem nenhum tipo de derivação fora desse foco.”