Os vencedores (e os perdedores) da semana no país – 20/07
Parlamentares saíram em férias que não existem, enquanto as forças de segurança do Rio não conseguiram esconder o despreparo para lidar com protestos. Veja quem saiu perdendo - ou ganhando - na última semana
Da Redação
Publicado em 30 de julho de 2014 às 19h40.
Última atualização em 13 de setembro de 2016 às 15h31.
1. Forças de segurança do Rio – ↓desceram↓zoom_out_map
1/6(Fernando Frazão/ABr)
As forças de segurança do Rio deixaram dúvidas nesta semana se há preparo para lidar com protestos na estadia do papa Francisco. Na 4ª, o Leblon sofreu com saques de lojas e depredação após uma manifestação contra o governador Sérgio Cabral. O secretário de Segurança Pública, José Mariano Beltrame, admitiu que a polícia ainda está “aprendendo a como atuar em cada manifestação”.
2. Dirceu, Genoino e Paulo Cunha - ↓desceram↓zoom_out_map
2/6(Antonio Cruz/Agência Brasil)
A chapa que comanda hoje o PT decidiu que os três mensaleiros condenados pelo STF – José Dirceu, José Genoino e João Paulo Cunha – não serão mais integrantes da chapa na campanha à reeleição do Diretório Nacional no ano que vem. A perspectiva de prisão no 2º semestre, com o julgamento dos recursos do mensalão pelo Supremo, parece ter sido um choque de realidade para o PT, que sempre defendeu os três.
Ele já não é particularmente amado no país, mas as declarações do cartola da Fifa nesta semana podem azedar ainda mais o relacionamento entre os brasileiros e Blatter, antes de uma Copa do Mundo ainda longe de começar. “Se essas condições se repetirem no próximo ano (protestos), teremos de reconhecer que o Brasil não era o local adequado para disputar a Copa do Mundo", disse o mandatário.
Joaquim Barbosa continua sem medo de brigas. Após as farpas públicas com associações de magistrados por causa da criação de quatro novos tribunais regionais federais no país, Barbosa suspendeu nesta 4ª-feira o projeto por meio de uma liminar. Fez valer sua vontade até que o Supremo volte do recesso e analise o caso, em agosto. O presidente do STF acredita que os novos tribunais representam gastos e não resolvem nada.
Uma pesquisa do Ibope confirmou nesta semana que Marina Silva foi a principal beneficiada com os protestos de junho no Brasil. Ela tem 22% das intenções de voto, contra 30% de Dilma Rousseff, que meses atrás venceria em primeiro turno. Num segundo round, a ex-ministra aparece tecnicamente empatada com a presidente. Em entrevista recente à EXAME, Marina disse que os protestos no Brasil transbordaram “do virtual para o real”.