Operadores do PMDB chegam ao Brasil neste sábado
Os lobistas Jorge e Bruno Luz têm quatro negócios da Petrobras que supostamente envolveram propina
Estadão Conteúdo
Publicado em 24 de fevereiro de 2017 às 16h01.
Última atualização em 24 de fevereiro de 2017 às 16h02.
São Paulo - Alvos de mandados de prisão preventiva na Operação Blackout, os lobistas Jorge e Bruno Luz, apontados como operadores do PMDB , informaram à Justiça Federal no Paraná que retornam ao Brasil às 8h da manhã deste sábado, 25, chegando no aeroporto de Brasília.
Mais cedo, a Polícia Federal divulgou nota informando que "eles foram detidos pela polícia de imigração americana, o que a defesa nega."
Em petição encaminhada à Justiça, os advogados Gustavo Alves Pinto Teixeira e Rafael Cunha Kullman informaram que os dois "retornarão espontaneamente" ao País e embarcarão em um voo comercial que sai dos Estados Unidos às 22h25 desta sexta-feira, 24.
"Ao que tudo indica no momento, eles haviam omitido informações às autoridades americanas e também estariam irregulares. Ainda não há previsão de eventual extradição ao Brasil ou expulsão", disse a nota da PF.
A defesa dos lobistas nega que eles estejam irregulares nos EUA e afirma que eles estão somente sob observação das autoridades depois que seus nomes foram incluídos na lista vermelha da Interpol.
Bruno deixou o Brasil no dia 16 de agosto e seu pai Jorge no último dia 11 de janeiro. Ambos viajaram para os Estados Unidos e, segundo a Operação Blackout, não havia registro de que tenham retornado ao País. Segundo os advogados, eles vão retornar ao Brasil por livre vontade.
De acordo com a Procuradoria da República, Jorge Luz e Bruno Luz têm quatro negócios da Petrobras que supostamente envolveram propina. Na lista estão a compra do navio-sonda Petrobras 10.000, o contrato de operação do navio-sonda Vitória 10.000, a venda da empresa Transener e o fornecimento de asfalto pela empresa Sargeant Marine.