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Operação da Receita apreende mais de 700 mil produtos falsos

Objetivo é intensificar a luta contra a falsificação de produtos esportivos, durante preparação para a Copa, que acontece nos meses de junho e julho no país


	Contêineres: em todo o Brasil, foram fiscalizados 224 contêineres, tendo sido identificados 24 com mercadorias falsificadas; operação contou também com participação de outros países
 (Germano Lüders/EXAME.com)

Contêineres: em todo o Brasil, foram fiscalizados 224 contêineres, tendo sido identificados 24 com mercadorias falsificadas; operação contou também com participação de outros países (Germano Lüders/EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 25 de abril de 2014 às 14h50.

Rio de Janeiro - A Operação Gol 14, desencadeada pela Receita Federal, apreendeu nos portos brasileiros 718.374 itens e 2 toneladas de tecidos contrabandeados, com valores que podem chegar a dezenas de milhões de reais. O objetivo da operação é intensificar a luta contra a falsificação de produtos esportivos, durante a preparação para a Copa do Mundo de 2014, que acontece nos meses de junho e julho no país.

Segundo informações da Receita Federal, a operação foi um esforço conjunto do governo brasileiro, da União Europeia, da Organização Mundial das Alfândegas e da Federação das Indústrias de Bens Esportivos Europeia para sinalizar aos falsificadores que os grandes eventos esportivos “não são mais um mercado para falsificações". Além disso, a Receita espera quantificar o nível de fraude durante esses eventos e identificar novas técnicas de falsificação para intensificar o combate ao crime.

Em todo o Brasil, foram fiscalizados 224 contêineres, tendo sido identificados 24 contêineres com mercadorias falsificadas. A operação contou também com a participação de outros seis países da América Latina: Uruguai, Argentina, Peru, Chile e Paraguai e Panamá.

Sob a coordenação internacional do Centro Nacional de Gestão de Riscos Aduaneiros da Receita Federal no Brasil, a operação foi realizada entre os dias 19 de março e 17 de abril e contou com a participação das unidades da Receita Federal das alfândegas de nove portos do país: Rio e Itaguaí, no Rio de Janeiro; Itajaí, em Santa Catarina; Manaus, no Amazonas; Paranaguá, no Paraná; Rio Grande, no Rio Grande do Sul; Suape, em Pernambuco; e Vitória, no Espírito Santo.

O auditor fiscal da Receita Federal Gustavo Lacerda Coutinho, em entrevista à Agência Brasil, informou que os fiscais da Receita Federal dos países envolvidos na operação passaram por um workshop em São Paulo, que contou com a participação de representantes das principais marcas pirateadas e que serviu de treinamento para a operação. Segundo ele, o conhecimento adquirido será utilizados em operações futuras que vão se prolongar para além da Copa do Mundo.


“O objetivo inicial do workshop foi o de dar maior ênfase ao combate à pirataria durante o período que antecede a realização da Copa do Mundo no Brasil, mas é claro que o aprendizado será contínuo e se estenderá para além do período de realização da Copa de 2014, em junho. A partir da expertise adquirida, nós ganharemos em experiência para operações futuras, que serão contínuas”, disse.

Entre as principais marcas esportivas estampadas em produtos contrabandeados estavam a Adidas, Nike e Fifa. No entanto, foram apreendidos também produtos de marcas não esportivas, como a Disney, Gucci, Chanel, Calvin Klein, Tommy Hilfiger, Havaianas, Louis Vuiton e Lego.

O auditor Coutinho disse que a Receita Federal ainda não contabilizou todas as mercadorias apreendidas e que há “algumas cargas selecionadas que ainda estão sendo analisadas e os resultados serão posteriormente apresentados”.

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