Onde banda larga é privilégio de aluno de escola particular
Em 16 estados do país, menos da metade das escolas públicas contam com internet de velocidade rápida
Rita Azevedo
Publicado em 20 de janeiro de 2016 às 05h00.
São Paulo – Para estudantes do Acre , ter (ou não) acesso à banda larga depende de uma questão: estudar numa escola pública ou pagar por educação. Por lá, quase 97% dos colégios particulares contam com conexão. Nos públicos, porém, apenas 17% têm acesso à internet rápida.
Um estudo feito pelo Instituto Ayrton Senna mostra que em todos os estados brasileiros a rede particular apresenta maiores níveis de acesso à banda larga. Em alguns deles, no entanto, a discrepância é absurda.
“As escolas privadas perceberam mais cedo a importância de levar a internet para dentro da sala de aula”, diz Mozart Neves Ramos, diretor de Articulação e Inovação do Instituto Ayrton Senna. “Nas públicas, o movimento foi muito mais devagar. Nas regiões mais afastadas que, não coincidentemente, enfrentam os maiores desafios de aprendizagem, ainda é comum encontrar linhas discadas”.
O impacto na vida dos alunos, segundo Ramos, varia desde a perda do interesse pelas aulas — que ficam descoladas do ritmo dos estudantes — até o aumento do abismo entre quem estuda em colégios públicos e particulares.
“Se esse cenário não mudar, as chances de acesso ao mundo universitário e ao mercado de trabalho será claramente maior para quem tiver condições de pagar pela educação”, diz Ramos. “Acesso à internet não deve mais ser visto como luxo, mas como uma estratégia para o desenvolvimento do país”.
Veja abaixo os estados com as maiores diferenças entre o nível de acesso à banda larga em escolas públicas e privadas. Os dados foram retirados do levantamento do Instituto Ayrton Senna, feito a partir de números do Censo Escolar da Educação Básica de 2014.
São Paulo – Para estudantes do Acre , ter (ou não) acesso à banda larga depende de uma questão: estudar numa escola pública ou pagar por educação. Por lá, quase 97% dos colégios particulares contam com conexão. Nos públicos, porém, apenas 17% têm acesso à internet rápida.
Um estudo feito pelo Instituto Ayrton Senna mostra que em todos os estados brasileiros a rede particular apresenta maiores níveis de acesso à banda larga. Em alguns deles, no entanto, a discrepância é absurda.
“As escolas privadas perceberam mais cedo a importância de levar a internet para dentro da sala de aula”, diz Mozart Neves Ramos, diretor de Articulação e Inovação do Instituto Ayrton Senna. “Nas públicas, o movimento foi muito mais devagar. Nas regiões mais afastadas que, não coincidentemente, enfrentam os maiores desafios de aprendizagem, ainda é comum encontrar linhas discadas”.
O impacto na vida dos alunos, segundo Ramos, varia desde a perda do interesse pelas aulas — que ficam descoladas do ritmo dos estudantes — até o aumento do abismo entre quem estuda em colégios públicos e particulares.
“Se esse cenário não mudar, as chances de acesso ao mundo universitário e ao mercado de trabalho será claramente maior para quem tiver condições de pagar pela educação”, diz Ramos. “Acesso à internet não deve mais ser visto como luxo, mas como uma estratégia para o desenvolvimento do país”.
Veja abaixo os estados com as maiores diferenças entre o nível de acesso à banda larga em escolas públicas e privadas. Os dados foram retirados do levantamento do Instituto Ayrton Senna, feito a partir de números do Censo Escolar da Educação Básica de 2014.