Brasil

Onda de calor: alerta máximo vale para 2,7 mil cidades do País

O órgão federal estendeu até sexta-feira, 17, o alerta de "grande perigo" em diferentes Estados

A situação atinge, principalmente, as regiões Sudeste e Centro-Oeste, mas também se estende por outras localidades do País (Paulo Pinto/Agência Brasil)

A situação atinge, principalmente, as regiões Sudeste e Centro-Oeste, mas também se estende por outras localidades do País (Paulo Pinto/Agência Brasil)

Estadão Conteúdo
Estadão Conteúdo

Agência de notícias

Publicado em 14 de novembro de 2023 às 19h20.

Em todo o País, 2.707 municípios estão sob alerta máximo por causa da forte onda de calor que atinge o Brasil nesta semana, segundo balanço do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet). Isso representa quase metade das 5.565 cidades brasileiras.

O órgão federal estendeu até sexta-feira, 17, o alerta de "grande perigo" em diferentes Estados. A situação atinge, principalmente, as regiões Sudeste e Centro-Oeste, mas também se estende por outras localidades do País.

Nesta segunda-feira, 13, a cidade de São Paulo teve o dia mais quente do ano, também conforme o Inmet. A temperatura máxima foi de 37,7°C, a maior para um mês de novembro desde o início das medições, em 1943. Também foi a segunda maior temperatura registrada pelo Inmet em São Paulo ao longo desses 80 anos.

Estados atingidos

O Inmet afirma que até sexta-feira, a onda de calor deve atingir os seguintes Estados: Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Rondônia, Goiás, São Paulo, Minas Gerais, Espírito Santo e Rio de Janeiro, além de Distrito Federal. Também devem ser afetadas áreas no Amazonas, Pará, Tocantins, Bahia, Piauí, Maranhão e Paraná.

"As temperaturas devem ficar 5°C acima da média por mais de cinco dias consecutivos", disse o Inmet. O órgão afirma que, em cenários de "grande perigo", estão previstos "fenômenos meteorológicos de intensidade excepcional", com "grande probabilidade de ocorrência de grandes danos e acidentes".

Segundo o Inmet, é a oitava onda de calor do ano no Brasil, com início em 8 de novembro, e persistência até, pelo menos, a próxima sexta-feira. O cenário, acrescenta o instituto, tem sido impulsionado pelo El Niño, fenômeno que favorece o aumento da temperatura em várias regiões do planeta.

O El Niño também está ligado, segundo especialistas, à recorrência de temporais e ciclones no Sul do País e à severa estiagem na Amazônia, onde a seca dos rios tem atrapalhado o transporte fluvial e é registrado recorde de queimadas em alguns pontos da floresta. O Pantanal também sofre com a alta de incêndios.

Hidratação, protetor solar, energia e ar-condicionado

Por causa das temperaturas elevadas, são reforçadas orientações para aumento da hidratação, alimentação leve e uso de protetor solar. Autoridades relembram também a importância de evitar exposição direta ao sol, principalmente em horários em que o calor é mais intenso, como por volta de 12 horas.

Com os termômetros nas alturas, a demanda por energia tem atingido marcas históricas. A procura por ventiladores e aparelhos de ar-condicionado também disparou nos últimos dias.

Acompanhe tudo sobre:CalorMudanças climáticas

Mais de Brasil

Como chegar em Gramado? Veja rotas alternativas após queda de avião

Vai viajar para São Paulo? Ao menos 18 praias estão impróprias para banho; veja lista

Quem são as vítimas da queda de avião em Gramado?

“Estado tem o sentimento de uma dor que se prolonga”, diz governador do RS após queda de avião