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Odebrecht: ex-assessor de Dilma recebeu para repassar informações

A informação foi encaminhada pelo ministro do STF Edson Fachin, relator dos processos da Lava Jato, para a Procuradoria da República

Dilma:"Objetivava-se, com tal ação, o repasse à então Presidente da República informações de interesse do Grupo Odebrecht, incluindo notas técnicas (...) a respeito de representantes de países pelos quais a presidente empreendia viagens" (Ueslei Marcelino/Reuters)

Dilma:"Objetivava-se, com tal ação, o repasse à então Presidente da República informações de interesse do Grupo Odebrecht, incluindo notas técnicas (...) a respeito de representantes de países pelos quais a presidente empreendia viagens" (Ueslei Marcelino/Reuters)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 11 de abril de 2017 às 21h49.

Última atualização em 11 de abril de 2017 às 22h05.

Brasília - O presidente afastado da Odebrecht, Marcelo Odebrecht, e outros quatro delatores do grupo relataram que um assessor da ex-presidente Dilma Rousseff recebeu R$ 350 mil do Setor de Operações Estruturadas, área que cuidava dos pagamentos não contabilizados do grupo, para repassar informações de interesse da empresa.

A informação foi encaminhada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Edson Fachin, relator dos processos da Lava Jato, para a Procuradoria da República, no Distrito Federal.

"Trata-se de petição instaurada com lastro nos termos de depoimentos dos colaboradores Cláudio Melo Filho, João Carlos Mariz Nogueira, José Carvalho Filho, Marcelo Bahia Odebrecht e Hilberto Mascarenhas Alves da Silva Filho", informa a petição 6681/DF, que integra a primeira Lista de Fachin, tornada pública nesta terça-feira, 11.

"Segundo o Ministério Público, relatam os colaboradores a ocorrência de pagamento de R$ 350 mil, via Setor de Operações Estruturadas, a Anderson Braga Dorneles, então assessor da presidente da República Dilma Vana Roussef", informa o ministro, com base em documento enviado pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot.

"Objetivava-se, com tal ação, o repasse à então Presidente da República informações de interesse do Grupo Odebrecht, incluindo notas técnicas (...) a respeito de representantes de países pelos quais a presidente empreendia viagens."

A PGR entendeu não existir alvos com foro privilegiado no caso e solicitou ao Supremo o envio do caso para a primeira instância.

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