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Costa diz que recebeu US$ 23 mi de empreiteira, diz jornal

Procurada pelo jornal, a Odebrecht nega “veementemente ter feito qualquer pagamento ou depósito” ao ex-diretor da Petrobras


	Ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa: o jornal atribuí a informação a quatro testemunhas da Operação Lava Jato
 (Geraldo Magela/Agência Senado)

Ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa: o jornal atribuí a informação a quatro testemunhas da Operação Lava Jato (Geraldo Magela/Agência Senado)

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Da Redação

Publicado em 2 de outubro de 2014 às 07h20.

São Paulo - A Odebrecht teria dado US$ 23 milhões a Pedro Paulo Costa, ex-diretor de Abastecimento da Petrobras, mantidos em contas na Suíça desde 2010, segundo reportagem do jornal “Folha de S. Paulo” publicada nesta quinta-feira. A publicação atribui a informação a quatro testemunhas da Operação Lava Jato. A empreiteira nega “veementemente ter feito qualquer pagamento ou depósito” ao ex-dirigente.

Segundo o jornal, quando recebeu o montante, equivalente a R$ 57 milhões, Costa era responsável pela obra da refinaria Abreu e Lima, o mais caro da Petrobras. O custo previsto do empreendimento passou de R$ 5,6 bilhões no início para os atuais R$ 46 bilhões.

O terceiro maior contrato dessas obras foi vencido pela Odebrecht em consórcio com a OAS, acusada de enviar US$ 4,8 milhões para uma conta do doleiro Alberto Yousseff.

Costa e Yousseff são acusados de integrar esquema que desviou cerca de R$ 10 bilhões da Petrobras, segundo denúncia do Ministério Público Federal. Segundo os depoimentos, ao menos 32 parlamentares e um governador receberam recursos desviados dos contratos da estatal. 

A Odebrecht teria sido apontada pelo ex-diretor durante depoimento após acordo de delação premiada. Pelo acordo, Costa ficará em prisão domiciliar sob monitoramento de uma tornozeleira eletrônica por pelo menos um ano.

Em nota, a construtora definiu a reportagem como "leviana" e "falaciosa".  A companhia criticou o fato de o jornal não ter documentos para embasar suas denúncias. Segundo a Odebrecht, a empresa mantém contratos com a Petrobras, conquistados por licitação pública, há décadas. A OAS não quis comentar o caso.

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