(Antonio Cruz/Agência Brasil)
Agência de notícias
Publicado em 29 de janeiro de 2024 às 11h18.
Última atualização em 29 de janeiro de 2024 às 11h18.
Responsável pelo programa espião cujo uso é investigado pela Polícia Federal, a Agência Brasileira de Inteligência (Abin) foi fundada em 1999 e tem como função fornecer informações confiáveis à Presidência da República, que são enviadas por meio de informes ao Palácio do Planalto.
Nesta segunda-feira, dia 29, o vereador do Rio de Janeiro Carlos Bolsonaro foi alvo de uma operação deflagrada pela Polícia Federal para apurar indícios de um esquema de espionagem ilegal na (Abin) durante o governo de Jair Bolsonaro. O filho do ex-presidente é suspeito de ter sido um dos destinatários das informações levantadas de forma clandestina. O caso foi revelado pelo jornal O GLOBO em março do ano passado.
Como órgão central do Sistema Brasileiro de Inteligência (Sisbin), a principal atribuição da Agência é fornecer dados e análises estratégicas sobre ameaças ao Estado Democrático de Direito e à soberania nacional.
O órgão não é responsável pela condução de investigações criminais. Desse modo, o papel da Abin se limita ao fornecimento de informações, apuração de contextos e possíveis ameaças dentro e fora do território nacional.
Abin paralela: entenda como é o programa que monitorou celulares no governo Bolsonaro e tornou Carlos alvo da PF
Em março deste ano o órgão saiu das mãos do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) e foi transferido para a Casa Civil, ficando agora sob o comando direto da Presidência da República.
O programa comprado pela Agência Brasileira de Inteligência (Abin) para monitorar a localização de alvos pré-determinados se baseia em dois sistemas que fazem parte da arquitetura da rede de telecomunicações do país.
Conforme O GLOBO revelou em março do ano passado, os dados são coletados por meio da troca de informações entre os celulares e antenas para conseguir identificar o último local conhecido da pessoa que porta o aparelho. O sistema foi utilizado durante a gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), quando o diretor da agência era Alexandre Ramagem, que atualmente é deputado federal (PL-RJ).
Carlos Bolsonaro é suspeito de ter sido um dos destinatários das informações levantadas de forma clandestina.