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O que é trepanação, cirurgia feita por Lula, e como é a recuperação

Presidente passou por cirurgia para drenagem de um hematoma, na madrugada desta terça-feira, no Hospital Sírio-Libanês

André Martins
André Martins

Repórter de Brasil e Economia

Publicado em 10 de dezembro de 2024 às 08h54.

Última atualização em 10 de dezembro de 2024 às 09h32.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) passou, na madrugada desta terça-feira, 10, por uma cirurgia na cabeça. O procedimento foi realizado no Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo.

Segundo o boletim médico, [a cirurgia ocorreu sem intercorrências]. O presidente está “bem, sob monitorização em leito de UTI”. Ele segue sob acompanhamento da equipe médica, sob os cuidados de Roberto Kalil Filho e Ana Helena Germoglio.

Lula deu entrada no hospital em Brasília após relatar forte dor de cabeça. Um exame de imagem revelou que ele estava com uma hemorragia intracraniana. Ainda na noite de segunda-feira, 9, o presidente foi transferido para São Paulo.

O sangramento é reflexo de uma queda sofrida em 19 de outubro, quando escorregou no banheiro do Palácio da Alvorada e bateu a cabeça. Na ocasião, levou pontos. [O novo sangramento ocorreu quase dois meses após o acidente doméstico].

A trepanação é um procedimento cirúrgico que consiste em perfurar o crânio com um trépano, uma espécie de broca neurocirúrgica, para acessar o cérebro ou remover um pedaço do osso.

O que é uma trepanação?

O termo "craniotomia" vinha sendo empregado para descrever o procedimento de Lula, mas, durante coletiva à imprensa, o médico explicou que o presidente passou por uma "trepanação". Trata-se de um procedimento cirúrgico que consiste em perfurar o crânio com um trépano, uma espécie de broca neurocirúrgica, para acessar o cérebro ou remover um pedaço do osso.

O que é craniotomia?

O procedimento realizado no presidente está dentro do que se chama de craniotomia, mas este termo é normalmente empregado para procedimentos maiores. Segundo o Ministério da Saúde, trata-se de uma cirurgia indicada para reduzir a pressão intracraniana em casos de tumefação cerebral, hematoma subdural agudo ou doenças não traumáticas.

A cirurgia consiste na remoção temporária de uma parte do crânio, chamada de retalho ósseo, para permitir o acesso ao cérebro. No caso de Lula, o objetivo foi aliviar a pressão causada por um hematoma, evitando danos cerebrais.

Como é feita a craniotomia?

Durante o procedimento:

  • O paciente é colocado sob anestesia geral;
  • São realizadas incisões específicas para acessar o cérebro;
  • Equipamentos como tomografia computadorizada e ressonância magnética garantem precisão ao cirurgião;
  • Após a intervenção, o retalho ósseo é reposicionado e fixado com placas ou parafusos.

Qual é o tempo de recuperação?

De acordo com o artigo do site Tua Saúde, da Rede D'Or, o paciente deve permanecer em observação na UTI antes de ser transferido para o quarto, onde pode ficar internado por até sete dias. Durante esse período, recebe antibióticos para prevenir infecções e medicamentos para aliviar a dor.

Além disso, [são realizados exames frequentes] para monitorar a função cerebral e verificar possíveis sequelas, como dificuldades motoras ou visuais.

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