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O partido mais forte do Congresso é o "Fuce", diz Serra

Análise foi feita nesta quinta-feira durante o XVI Congresso Brasiliense de Direito Constitucional, realizado em comemoração aos 25 anos da Constituição de 1988


	José Serra: "Esse [o "Fuce"] é o partido forte. Eu apenas complementaria que não é só contra o erário, mas também a favor de corporações, com interesses especiais"
 (Valter Campanato/ABr)

José Serra: "Esse [o "Fuce"] é o partido forte. Eu apenas complementaria que não é só contra o erário, mas também a favor de corporações, com interesses especiais" (Valter Campanato/ABr)

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Da Redação

Publicado em 17 de outubro de 2013 às 17h16.

Brasília - Para o ex-governador de São Paulo José Serra (PSDB), o partido mais forte atualmente no Congresso é a "Frente Única Contra o Erário", que ele denominou de "Fuce".

Essa análise foi feita nesta quinta-feira, 17, por Serra durante o XVI Congresso Brasiliense de Direito Constitucional, realizado em comemoração aos 25 anos da Constituição de 1988.

"Qual é o partido mais forte do Congresso hoje? É o Fuce. Não é PT, PSDB, PMDB. É o Fuce. Isso pega todos os partidos", afirmou. "Esse é o partido forte. Eu apenas complementaria que não é só contra o erário, mas também a favor de corporações, com interesses especiais", acrescentou.

Ao longo da palestra, Serra, que atuou como deputado na Constituinte, pontuou algumas "virtudes" conquistadas com a Carta Magna de 1988.

"A concepção do Sistema Único de Saúde, sem dúvida nenhuma, acho que foi um avanço. O SUS só começou a ser implantado cinco anos depois no governo Itamar", afirmou. No campo político, Serra lembrou que na Carta foi inserida a possibilidade da realização do segundo turno para as eleições à presidência da República, aos governos estaduais e municipais.

O ex-governador paulista citou, em contrapartida, como um dos principais problemas da Constituição a "prolixidade".

"Eu poderia contar o número de dispositivos da Constituição. Não consegui. Fiquei com preguiça de ficar contando. Deve passar de dois mil. Muito deles típicos de leis ordinárias, decretos, declaração de intenção", afirmou.

Serra criticou ainda os interesses corporativos que teriam contaminado a discussão na Constituinte.

"Os principais interesses corporativos que foram cravados na Constituição não foram na área privada. Teve um que foi fenomenal. Quem tinha mais de cinco anos de emprego no setor público, mesmo sem concurso, ganhou estabilidade. Virou uma maravilha", ironizou.

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