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O novo nome do Ministério que dá trabalho

Caio Luiz de Almeida Vieira de Mello é o quarto nome em dois anos de mandato de Temer, o que levou a pasta a ser chamada de o Ministério que dá trabalho

Esplanada dos Ministérios: governo nomeou por conta própria novo ministro do Trabalho para evitar novos problemas com indicados pelo PTB (Ueslei Marcelino/Reuters)
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Da Redação

Publicado em 10 de julho de 2018 às 06h38.

Última atualização em 10 de julho de 2018 às 07h58.

O governo Michel Temer dá posse nesta terça-feira a mais um ministro do Trabalho. Será empossado às 15 horas o ex-vice-presidente do Tribunal Regional do Trabalho da Terceira Região (TRT-3) Caio Luiz de Almeida Vieira de Mello. Formado em direito pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), ele é desembargador aposentado e consultor do escritório de advocacia Sergio Bermudes.

Será o quarto nome em dois anos de mandato de Temer, o que levou a pasta a ser chamada, pelo colunista Sérgio Praça, de o Ministério que dá trabalho. Mas a bagunça começou desde a saída de Ronaldo Nogueira (PTB-RS), em dezembro de 2017. De lá para cá, o Planalto tentou inicialmente empossar a deputada federal Cristiane Brasil (PTB-RJ). Ações contra ela na própria Justiça do Trabalho a colocaram como parte suspeita para assumir a pasta. Acabou tendo o afastamento referendado por tribunais superiores de Brasília e voltou à Câmara.

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O desgaste ao governo parecia muito até que esquemas de propina pela abertura de sindicatos comandados pelo PTB e o Solidariedade foram denunciados pela revista VEJA em março. Lobistas dos partidos cobravam “comissão” para azeitar as licenças de organizações trabalhistas. O caso rendeu uma investigação da Polícia Federal e afastamento do ministro indicado pelo partido, Helton Yomura.

Após ter sido alvo da Operação Registro Espúrio, Yomura pediu demissão para dar lugar agora a Vieira de Mello. O desembargador marca o fim da dominância do PTB na pasta, a que trouxe mais dores de cabeça ao presidente Temer com um embaraço atrás do outro. Em busca de paz, a indicação foi pessoal e não passou pela base aliada. Em período pré-eleitoral, ninguém quer saber de mais constrangimentos.

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