Eike preso; o muro de Trump…
Eike preso O empresário Eike Batista foi preso no início da manhã desta quinta-feira, em sua casa, na Zona Sul do Rio de Janeiro. Ele foi levado para a sede da Polícia Federal, no centro do Rio. A prisão é parte da Operação Eficiência, a segunda fase da Operação Lava-Jato no Rio. Segundo o Ministério Público […]
Da Redação
Publicado em 26 de janeiro de 2017 às 05h12.
Última atualização em 23 de junho de 2017 às 19h07.
Eike preso
O empresário Eike Batista foi preso no início da manhã desta quinta-feira, em sua casa, na Zona Sul do Rio de Janeiro. Ele foi levado para a sede da Polícia Federal, no centro do Rio. A prisão é parte da Operação Eficiência, a segunda fase da Operação Lava-Jato no Rio. Segundo o Ministério Público Federal, Eike é acusado de ter pago propinas para conseguir facilidades na época em que Sérgio Cabral era governador do estado. Ao todo, nove pedidos de prisão preventiva foram expedidos pelo juiz federal Marcelo Bretas, que pediu também a prisão de Sérgio Cabral, já detido. O juiz pediu também buscas na holding de Eike, a EBX.
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Euforia nas bolsas
O índice Dow Jones Industrial chegou no pregão desta quarta-feira pela primeira vez à marca de 20.000 pontos. É o mais claro indício da euforia que toma conta dos mercados acionários mundo afora. Ontem, o Ibovespa chegou a 65.840 pontos, a maior marca em quase cinco anos. O principal índice europeu, o FTSEurofirst 300, chegou ao maior patamar em mais de um ano. O índice japonês também está perto de seu melhor patamar histórico. Boa parte da alta se deve ao novo presidente americano, Donald Trump, que anunciou que vai cortar impostos e que levará adiante um plano de trilhão de dólares para remodelar a infraestrutura do país. Além disso, sua postura proativa, sentando com empresários dos mais diversos setores em busca de soluções para a economia americana tem sido bem vista nos mercados. Tudo isso somado, chegamos ao que os americanos chamam de Rali do Trump. “É basicamente uma questão psicológica”, afirmou à CNN Alan Knuckman, chefe de operações da corretora Bulls Eye Option.
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Trump e o muro
O presidente americano, Donald Trump, assinou nesta quarta-feira o decreto que autoriza a construção de um muro na fronteira com o México, como exaustivamente prometeu durante a campanha. O projeto faz parte de um conjunto de medidas para a segurança nacional que Trump deve lançar nos próximos dias, de acordo com a imprensa americana. Ele inclui debates sobre fechar a prisão cubana de Guantánamo, considerar a Irmandade Muçulmana como um grupo terrorista, e bloquear as fronteiras para imigrantes da Síria e de outros países considerados células terroristas. A ordem foi recebida com estupor no México. “É um insulto”, afirmou o ex-ministro das relações exteriores Jorge Castañeda. Ele pediu que o presidente Peña Nieto cancele sua viagem a Washington agendada para o dia 31.
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Trump e a “fraude”
Donald Trump também reiterou, nesta quarta-feira, suas acusações falsas de que pelos menos 3 milhões de imigrantes ilegais votaram a favor de Hillary Clinton. Ele ainda demandou uma investigação rigorosa sobre fraude eleitoral, mesmo depois de seu próprio time jurídico ter reconhecido que a tal fraude nunca aconteceu. Questionado por provas na terça-feira, o porta-voz de Trump, Sean Spicer, limitou-se a dizer que esta é uma convicção antiga do presidente. Trump perdeu a eleição nos votos totais por 3 milhões de votos, a maior margem registrada desde 1876. A diferença, claramente, o incomoda.
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Fillon pressionado
A procuradoria francesa abriu uma investigação preliminar sobre possível mau uso de recursos públicos pelo candidato da direita às eleições presidenciais, François Fillon, e sua esposa, Penelope. O jornal Le Canard Enchaîné afirma que ela recebeu cerca de 500.000 euros em oito anos do parlamento pelo que pode ter sido um trabalho de fachada. Fillon está agora sob pressão para explicar o papel de sua mulher em sua equipe. Contratar familiares para funções de gabinete é legal na França, desde que, claro, o trabalho seja de fato realizado. No passado, ela mesma reconheceu que seu trabalho se limitava a aparecer em alguns eventos e “educar seus filhos”.
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Volta aos trabalhos
Juízes que auxiliavam o ministro Teori Zavascki na análise dos processos da Operação Lava-Jato voltaram nesta quarta-feira a ouvir os 77 executivos da Odebrecht, para homologar a delação premiada dos funcionários da empresa. A autorização veio da presidente do Supremo Tribunal Federal, Cármen Lúcia. As audiências de procedimento são necessárias para verificar se os acusados fecharam seus acordos de colaboração por vontade própria. A retomada reforça a possibilidade de que Cármen Lúcia use o pedido de urgência protocolado pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, para homologar os mais de 950 depoimentos que citam mais de uma centena de políticos.
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Presidente é contra
Segundo o jornal Folha de S. Paulo, o presidente Michel Temer é contrário à homologação das delações da Odebrecht pela ministra Cármen Lúcia. Para assessores, a revelação dos depoimentos pode gerar “turbulências” ao governo federal – apenas o presidente foi citado 43 vezes por um dos executivos. A preferência é que o processo seja redistribuído por sorteio entre os membros da 2ª Turma do Supremo (Celso de Mello, Dias Toffoli, Gilmar Mendes ou Ricardo Lewandowski). Desta forma, a definição do relator se daria depois do retorno de recesso do Judiciário, adiando a divulgação das delações para depois de 2 de fevereiro.
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Renúncia coletiva
O presidente e seis membros do Conselho Nacional de Política Criminal e Penitenciária, ligado ao Ministério da Justiça, anunciaram nesta quarta uma renúncia coletiva de seus cargos. O motivo é uma portaria que aumenta o número de membros do grupo, que em sua maioria era contrária ao Plano Nacional de Segurança. A criação de oito vagas indicadas por Michel Temer enfraqueceria a posição da equipe. Os conselheiros acusam o ministro Alexandre de Moraes de disseminar uma política de “mais armas e menos pesquisas” ao usar recursos do fundo penitenciário para construção de presídios.
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Demanda fraca no ar
A aviação doméstica acumulou queda de 5,7% na demanda e de 5,9% na capacidade em 2016. De acordo com a Associação Internacional de Aviação Civil, dezembro foi o décimo sétimo mês consecutivo de retração para a demanda. No último mês do ano, as companhias aéreas Avianca e Azul apresentaram crescimento na demanda de 13,2% e 1,8%, respectivamente. Apesar disso, Gol e Latam continuaram liderando o mercado doméstico com participações de 37,4% e 32,7%, respectivamente.
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Dívida recorde
A dívida pública federal encerrou o ano de 2016 em 3,11 trilhões de reais, um aumento de 11,4% na comparação com 2015. Trata-se do maior patamar desde que a série histórica do Tesouro Nacional começou, em 2004. A composição da dívida em 2016 foi de 35,7% de títulos prefixados, 31,8% de índices de preços, 28,2% de taxa flutuante e 4,2% de câmbio. O prazo médio dos vencimentos foi de 4,5 anos. O Tesouro Nacional também informou que a dívida pública deverá encerrar 2017 entre 3,45 e 3,65 trilhões de reais.