odebrecht (Paulo Whitaker/Reuters/Reuters)
Da Redação
Publicado em 20 de junho de 2016 às 07h02.
Última atualização em 23 de junho de 2017 às 19h21.
Um banco para propina
O operador do departamento de propinas da Odebrecht, Vinícius Veiga Borin, disse que a empreiteira tinha até um banco e 42 contas no exterior para pagamentos ilegais. A Odebrecht comprou, segundo, ele, a filial do Meinl Bank, de Viena, em Antígua, paraíso fiscal no Caribe. Em delação premiada, ele afirmou que as contas movimentaram 132 milhões de dólares desde 2010, segundo o jornal O Estado de S. Paulo.
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Nada a ver
O prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, afirmou no domingo que a situação de calamidade pública decretada na última sexta-feira pelo governador em exercício, Francisco Dornelles, “não tem nada a ver” com a realização dos Jogos Olímpicos. Segundo ele, a Olimpíada é mérito da prefeitura, e o socorro do governo federal visa a manutenção de serviços essenciais para a população. Dornelles, por sua vez, afirmou ao jornal O Globo que o repasse de 2,9 bilhões acertado com a União será investido no metrô e na segurança dos Jogos.
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Invasão no hospital
Um grupo de 25 bandidos armados invadiu o Hospital Souza Augiar, maior emergência do Rio de Janeiro, para resgatar o traficante Nicolas Labre Pereira de Jesus. Houve tiroteio dentro e fora do hospital e um paciente morreu. A Polícia Militar do Rio foi informada de antemão sobre o plano de resgate e reforçou a segurança do hospital com cinco homens. Como se vê, não foi suficiente.
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Desigualdade cresce
A desigualdade entre ricos e pobres no país cresceu 3% desde o início de 2015, aponta estudo do professor da USP Rodolfo Hoffman publicado pelo jornal Folha de S. Paulo. O avanço foi provocado pelo aumento do desemprego (de 7,9% para 10,9%) que afetou sobretudo a renda dos mais pobres, que caiu no primeiro trimestre deste ano.
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O tamanho do rombo
O déficit primário de 2017, que deve ser enviado em breve ao Congresso, ficará acima dos 100 bilhões de reais, segundo o jornal Folha de S.Paulo. Na última semana, falou-se que o rombo poderia repetir o de 2016, de 170 bilhões de reais, o que foi veementemente negado por membros do governo.
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Terra para estrangeiros
Em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo, o ministro da agricultura,
Blairo Maggi, defendeu a liberação da venda de terras para estrangeiros. “Isso tem uma consequência no crédito, porque os bancos de fora, quem emprestam no Brasil, não podem receber as terras como garantia”, afirmou. O governo deve enviar mensagem ao Congresso para discutir o tema.
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65 milhões sem lar
A Acnur, agência da ONU para refugiados, divulga nesta segunda-feira relatório que mostra que o número de deslocados por conflitos ou violência bateu novo recorde em 2015 e chegou a 65 milhões de pessoas. É mais do que a população de países como a Itália ou o Reino Unido. Em 2011, eram 42,5 milhões de pessoas deslocadas à força. Cerca de 51% dos refugiados têm menos de 18 anos.