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Número de latrocínio aumenta no estado de São Paulo

De acordo com o levantamento feito pela Secretaria de Segurança Pública, foram registrados 29 casos de latrocínio em todo o estado


	Revólver: os casos de latrocínio também subiram na capital, onde foram registrados 11 casos
 (George Frey/Getty Images)

Revólver: os casos de latrocínio também subiram na capital, onde foram registrados 11 casos (George Frey/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 25 de setembro de 2013 às 20h52.

São Paulo – O número de casos de latrocínio (roubo seguido de morte) cresceu 24% em todo o estado de São Paulo em agosto deste ano na comparação com o mesmo mês do ano passado.

De acordo com o levantamento feito pela Secretaria de Segurança Pública, foram registrados 29 casos de latrocínio em todo o estado, com 31 vítimas, enquanto no mesmo mês do ano passado ocorreram 23 casos, com 25 vítimas. Os dados foram divulgados hoje (25).

Os casos de latrocínio também subiram na capital, onde foram registrados 11 casos, com 11 vítimas, mesmo número registrado em julho, mas que praticamente triplicou na comparação com o mesmo mês do ano anterior, quando ocorreram quatro casos de latrocínio, com quatro vítimas.

Entre janeiro e agosto deste ano, 263 casos de latrocínio foram registrados em todo o estado de São Paulo, o que já supera o número de casos em igual período do ano passado, quando ocorreram 232 roubos seguidos de morte.

Já o total de homicídios dolosos (quando há intenção de matar) diminuiu 4,83% em agosto deste ano, quando foram registrados 374 casos em todo o estado, na comparação com o mesmo mês do ano passado.

A queda, segundo a secretaria, deve-se principalmente à capital paulista, que registrou redução no número de homicídios dolosos em agosto, com 84 casos, o menor registro para um mês de agosto dos últimos 12 anos. No entanto, na comparação com julho, houve aumento de quase 20% no número de casos registrados no estado.

Também houve queda nos casos de furtos no estado, passando de 47.708 em agosto do ano passado para 44.975 casos este ano, queda de 5,73%. Na capital, o índice teve uma ligeira diminuição, passando de 17.386 ocorrências para 17.225.

No entanto, houve aumento no número de furtos de veículos e de roubos de carga em todo o estado. Ao todo, 10.512 veículos foram furtados em agosto, aumento de 3,92% em relação a julho. Quanto ao roubo de cargas, foram registradas 732 ocorrências em todo o estado no mês de agosto, aumento na comparação com julho, quando foram registrados 673 roubos de carga.

Apesar da redução nos homicídios e furtos [de maneira geral], os números ainda são considerados insatisfatórios pelo secretário de Segurança Pública Fernando Grella Vieira. “Os indicadores não nos deixam satisfeitos. É preciso insistir e perseverar nesta tarefa e neste trabalho integrado das polícias e da inteligência”, disse.

O secretário destacou que o número de prisões foi recorde em todo o estado, aumentando 8,26%, com o registro de 14.302 prisões em agosto. Apesar disso, o secretário falou que a polícia não resolve o problema de segurança pública sozinha.

“A polícia está prendendo muito, mas mesmo assim não está conseguindo reduzir certos indicadores. A legislação é muito frouxa para certos tipos de crime. Temos visto crimes graves em que as pessoas têm obtido rapidamente progressão criminal, ganhando o regime de liberdade ou semiliberdade e voltando sem estar inserida [à sociedade] e reiterando na prática criminal”, disse Grella em entrevista à imprensa concedida na sede da secretaria.

Segundo o secretário, alguns crimes como roubos, latrocínios e furtos deveriam ter penas mais rigorosas. “O problema de segurança não se resume à polícia. Se a lei não é rígida a ponto de segurar a pessoa presa e consagrar a recuperação para a reinserção, a polícia sozinha vai ficar enxugando gelo”, disse.

Na opinião do secretário, uma das ações que poderia diminuir o número de latrocínios e da criminalidade, seria a aprovação do projeto de lei que está em tramitação na Assembleia Legislativa. Ele impõe regras ao comércio de autopeças de veículos, tornando ilegais os desmanches de carros e motos. “O desmanche é o grande fomentador dos crimes de furto e roubo de veículos. E sabemos que 50% dos latrocínios advêm de tentativa ou de prática de roubo de veículos”, declarou.

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